Museu do Louvre abriu com duas horas de atraso

Funcionários voltaram a reunir-se em plenário logo de manhã. Em causa está a desadequação entre o número de visitantes do museu, que registou um crescimento exponencial, e o seu quadro de pessoal.

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IAN LANGSDON/lusa

O Museu do Louvre abriu com quase duas horas de atraso esta quarta-feira de manhã, devido a protestos de funcionários que consideram não ter condições para exercer o seu trabalho num museu sobrelotado de visitantes. O museu, que devia ter aberto às 9h, começou a deixar entrar os visitantes apenas às 10h50 (hora de Paris)​, segundo informações que o PÚBLICO obteve telefonicamente junto da bilheteira.

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O Museu do Louvre abriu com quase duas horas de atraso esta quarta-feira de manhã, devido a protestos de funcionários que consideram não ter condições para exercer o seu trabalho num museu sobrelotado de visitantes. O museu, que devia ter aberto às 9h, começou a deixar entrar os visitantes apenas às 10h50 (hora de Paris)​, segundo informações que o PÚBLICO obteve telefonicamente junto da bilheteira.

Ao início da manhã, o site do Louvre explicava que, devido a “uma assembleia geral que reúne uma parte dos funcionários da recepção e da vigilância”, a abertura do museu seria “excepcionalmente retardada”. Na véspera, o museu já não tinha aberto, porque encerra às terças-feiras para descanso do pessoal, tendo a semana começado com as portas fechadas na sequência de uma acção de protesto dos mesmos funcionários.

Os trabalhadores do Louvre, que já se tinham reunido em plenário na segunda-feira, queixam-se de “uma degradação sem precedentes das condições de visita e de trabalho” devido ao acentuado aumento dos visitantes do museu​, informou no início da semana um comunicado do Sindicato Sud Culture Solidaires.

Como forma de protesto, os funcionários dos serviços de recepção e de vigilância faltaram ao trabalho, ao abrigo de um direito previsto na lei laboral francesa que lhes permite faltar quando consideram não estarem reunidas as condições necessárias para desempenharem as suas funções em segurança.

“O Louvre está a asfixiar-se”, disse o sindicato no início da semana, lembrando que em 2018 o museu bateu todos os recordes, ultrapassando os dez milhões de visitantes. Esse aumento não foi acompanhado por um reforço do quadro de pessoal, que, pelo contrário, tem vindo a diminuir, acrescenta o sindicato.

O PÚBLICO não conseguiu obter um comentário junto do gabinete de imprensa do Louvre e a administração ainda não comentou a situação desde segunda-feira.