“Vir à aldeia ao fim-de-semana é bonito, mas viver cá não é fácil”

Em Santana, Nisa, não nascem bebés desde 2012. Ali, não se vendem fraldas, não há um parque infantil e as crianças não têm com quem brincar. A população activa com filhos sai porque “falta tudo”.

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Teresa Santos, com o marido Porfírio, e os filhos Beatriz e Tomás Miguel Manso
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Daniel Mendes Miguel Manso
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Cátia Tavares Miguel Manso
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Em Santana, há casas devolutas que também são sinal do despovoamento e envelhecimento da população. Miguel Manso

Até Setembro do ano passado, quando Tomás e a família viviam na freguesia de Santana, Nisa, o menino de seis anos podia até não ter crianças da sua idade com quem jogar à bola quando chegava da escola, mas não lhe faltava companhia. Na paragem do autocarro, esperava-o, diariamente, um grupo de idosos que o acompanhava nas suas brincadeiras. Todos se entretinham. Ganhava-lhes, claro, “porque são velhinhos”, diz, entre corridas e com as bochechas rosadas. Agora, já não há por quem esperar. A família mudou-se com Tomás, a última criança que nasceu nesta freguesia, em 2012, e com a irmã Beatriz, de nove anos.

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