Violência doméstica combate-se com mais formação, sobretudo dos jovens, diz ministra

"É uma área em que só conseguiremos resultados cooperando", afirmou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. Governo apresentou casa abrigo em Viseu.

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Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, esta manhã durante a apresentação da casa de abrigo em Viseu LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, defendeu esta segunda-feira que só apostando na formação, especialmente na educação dos jovens para a cidadania, se conseguirá combater os crimes de violência doméstica.

Em declaração a jornalistas em Viseu, a governante disse que deve haver formação ao nível das forças de segurança, do sistema judicial e de todas os portugueses, em especial os jovens, prevenindo a violência no namoro. Segundo Maria Manuel Leitão Marques, é no namoro que, "às vezes, começa uma situação que mais tarde se transforma em violência doméstica".

"É uma luta em muitas frentes, mas que todos temos que travar. Um crime de violência não deixa ninguém dormir descansado", afirmou a ministra no final da apresentação de uma casa abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica com doença mental, que começa a funcionar esta segunda-feira em Viseu.

A ministra explicou que a violência doméstica tem sido uma área de trabalho na qual o Governo está a investir, financiando vários projectos. Esta casa abrigo de Viseu, com capacidade para acolher dez mulheres, contará com 112 mil euros por ano de financiamento directo.

"É uma área em que só conseguiremos resultados cooperando: entre várias áreas do Governo, entre Governo e autarquias locais, incluindo as freguesias, e entre o Governo e a sociedade civil", frisou.

A casa abrigo destinada a mulheres vítimas de violência doméstica com doença mental é um projecto piloto e pioneiro, a nível nacional, apoiado pela secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro. Segundo Maria Manuel Leitão Marques, esta casa abrigo dará uma resposta nacional, não estando ainda prevista a abertura de outras do género. "Temos que experimentar, avaliar, corrigir se necessário e depois estender", justificou a governante.

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