Governo garante continuidade do “365 Algarve” para pescar turistas de Inverno

Manter a região como “um destino vivo” todo o ano é a justificação para manter uma programação cultural, a que já assistiram mais de 300 mil espectadores

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Melanie Map's

O projecto do “365 Algarve” — um programa destinado a atenuar, pela via da cultura, os efeitos da sazonalidade turística — vai ter 4ª edição. Os ministérios da Economia e Cultura entendem que a iniciativa, destinada a criar uma “melhor atractividade e experiência” aos visitantes e residentes, deve prosseguir. Tudo porque, justificam, “tem atraído cada vez mais público e a média de espectadores por sessão aumentou em todas as edições”. Até ao momento assistiram aos eventos mais de 300 mil espectadores.

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O projecto do “365 Algarve” — um programa destinado a atenuar, pela via da cultura, os efeitos da sazonalidade turística — vai ter 4ª edição. Os ministérios da Economia e Cultura entendem que a iniciativa, destinada a criar uma “melhor atractividade e experiência” aos visitantes e residentes, deve prosseguir. Tudo porque, justificam, “tem atraído cada vez mais público e a média de espectadores por sessão aumentou em todas as edições”. Até ao momento assistiram aos eventos mais de 300 mil espectadores.

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, citada numa nota oficial divulgada ontem, afirma: “O 365 Algarve tem sido um instrumento importante para promover este destino com um destino vivo durante todo o ano”. Ao longo dos últimos três anos, foram promovidas 1553 iniciativas, o que representa um investimento global de 4,5 milhões de euros, financiado pelo Turismo de Portugal. Os números, acrescenta, dão conta do sucesso da iniciativa: as dormidas no Algarve durante a época baixa aumentaram 23% em 2016 e a taxa de sazonalidade diminui de 46% em 2015 para 42,9% em 2017.

A programação cruza ideias de diferentes áreas — música, teatro, dança, literatura, cinema, gastronomia —, a partir de propostas do tecido artístico local. Estavam inicialmente previstas três edições. No passado recente, com temas idênticos mas objectivos diferentes, já houve o “Allgarve”, que decorria durante o período balnear. Acabou ao fim de cinco edições e no último ano em que se realizou, em 2012, o investimento foi de 4,6 milhões.

O programa 365 Algarve, não sendo dirigido às grandes massas turísticas, permite falar de pessoas e lugares que vivem fora das grandes rotas dos operadores. O projecto “Lavrar o Mar”, da autoria de Madalena Victorino e Giacomo Scalisi, por exemplo, leva dança, música e teatro até à serra de Monchique e Costa Vicentina, convidando a população local a ser, ao mesmo tempo, espectador e actor. A iniciativa tem tido êxito e veio para ficar. Antes mesmo de ser conhecida a decisão da continuação do “365 Algarve”, a câmara de Monchique anunciou que pretendia apoiar a companhia para dar continuidade ao trabalho que tem vindo a realizar.

Para a secretária de Estado da cultura, Ângela Ferreira, “este programa já mostrou que é possível contrariar a sazonalidade e criar novas centralidades através de uma programação cultural estruturada, pensada e de qualidade, ancorada nas características regionais”.