Lisboa recebe pela primeira vez gala dos “óscares” do turismo mundial

Portugal foi eleito o melhor destino do mundo no ano passado e Lisboa pode seguir-lhe as pisadas, ao conquistar em casa o óscar de melhor cidade do planeta. A gala final dos World Travel Awards realiza-se pela primeira vez em Portugal. E há 55 portugueses entre os nomeados.

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O Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, foi o palco escolhido para receber a gala final dos World Travel Awards Rui Gaudêncio

São considerados os “Óscares” do turismo a nível mundial e este ano a competição final disputa-se em Lisboa. No dia 1 de Dezembro, alguns dos principais protagonistas do sector vão concentrar-se no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, onde serão anunciados os vencedores globais dos World Travel Awards para este ano. Entre os nomeados, há 55 portugueses.

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São considerados os “Óscares” do turismo a nível mundial e este ano a competição final disputa-se em Lisboa. No dia 1 de Dezembro, alguns dos principais protagonistas do sector vão concentrar-se no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, onde serão anunciados os vencedores globais dos World Travel Awards para este ano. Entre os nomeados, há 55 portugueses.

Vamos às categorias principais. Portugal pode repetir a proeza do ano passado e sagrar-se novamente o melhor destino turístico do mundo. Pela segunda vez consecutiva foi nomeado – e venceu – a categoria a nível europeu, garantindo lugar entre os nomeados para a gala final, em que concorrem todos os vencedores das galas regionais (Europa, Médio Oriente, Ásia e “Australasia”, América Latina, Caraíbas e América do Norte, e África e Oceano Índico) e outros nomeados pela própria organização.

Lisboa pode conquistar em casa o galardão de melhor destino citadino do mundo, depois de ter vencido o Óscar europeu pela primeira vez em Junho. Tem pela frente cidades como Rio de Janeiro, Paris, Londres, Nova Iorque, São Petersburgo, Marraquexe ou Hong Kong. A capital portuguesa está ainda nomeada em mais três categorias: melhor destino de cruzeiros, melhor porto de cruzeiros e melhor destino para uma escapada citadina (city break) – galardão que venceu no ano passado pela primeira vez.

As restantes nomeações distribuem-se um pouco por todo o país: o Algarve é candidato a melhor destino de praia, os Açores concorrem na categoria de melhor destino de mergulho e a Madeira pode voltar a sagrar-se melhor destino insular do mundo. Os Passadiços do Paiva, em Arouca, estão nomeados para duas categorias: melhor atracção turística de aventura e melhor projecto de desenvolvimento turístico. E a DouroAzul é candidata a melhor empresa de cruzeiros fluviais.

Depois de terem vencido no ano passado, voltam a estar nomeados para as mesmas categorias o Turismo de Portugal (melhor organismo oficial de turismo) e a Parques de Sintra – Monte de Lua (melhor empresa de conservação). Já a TAP está nomeada para quatro categorias: melhor companhia aérea para a Europa, para África e para a América do Sul e melhor revista de bordo, com a Up Magazine.

Estão ainda nomeados 22 hotéis e resorts portugueses em 31 categorias ligadas ao sector. (Confira a lista completa de nomeações portuguesas no final do texto.)

Os World Travel Awards foram criados em 1993 com o objectivo de reconhecer o trabalho desenvolvido na área da indústria turística a nível mundial, de modo a estimular a competitividade e a qualidade do turismo. O evento, que começou com uma única cerimónia anual, percorre actualmente cinco continentes com seis galas regionais ao longo do ano, entregando centenas de prémios a nível nacional, regional e mundial. A selecção dos nomeados às diferentes categorias é feita por nomeação online do público em geral e por mais de 200 mil profissionais do sector em 160 países. A eleição dos vencedores é feita através de um método semelhante, que integra votações do público (encerradas a 24 de Outubro) e de uma rede de especialistas ligados à organização.

Lisboa: a “escolha natural” para celebrar 25 anos de WTA

Segundo a organização dos WTA, “foi uma escolha natural ter a capital portuguesa como palco do clímax das celebrações do 25.º aniversário” dos prémios mundiais do turismo. Não só porque as galas anteriormente organizadas em solo português tinham “provado ser um sucesso”, recorda a organização em entrevista por e-mail, mas também porque a decisão vem reflectir “a contribuição crucial que o sector das viagens e do turismo trouxe para Lisboa e para a economia portuguesa em geral”.

Esta é a primeira vez que Portugal recebe a grande final dos World Travel Awards, mas o país já tinha sido anfitrião de galas europeias (Óbidos, em 2009, e Algarve, em 2012) e das três primeiras edições dos prémios mundiais do turismo para o sector do golfe (Algarve, 2014-2016). No próximo ano, os WTA estão de regresso a Portugal: a ilha da Madeira foi o destino escolhido para acolher a cerimónia europeia, agendada para 8 de Junho de 2019.

No dia 1 de Dezembro, no entanto, as atenções do sector vão estar concentradas em Lisboa. De acordo com Paula Oliveira, directora-executiva da Associação de Turismo de Lisboa (que co-organiza o evento), são esperadas “cerca de 400 a 500 pessoas” na gala. A maioria são convidados internacionais ligados ao sector, nomeados nas diferentes categorias, reunindo-se na capital portuguesa a nata da indústria, entre empresários, hoteleiros, líderes de companhias aéreas e de organismos oficiais de turismo dos quatro cantos do mundo.

Paula Oliveira não esconde a importância do evento para Lisboa. “É uma iniciativa com uma grande projecção internacional e bastante importante no sector do turismo”, refere em entrevista telefónica. Além disso, acrescenta, a escolha de Lisboa por parte da organização para acolher a cerimónia acaba por “consolidar a nossa imagem internacional, a nossa notoriedade e, no fundo, consolidar os prémios que já recebemos”. Quanto às nomeações lisboetas na gala final, Paula diz aguardar “com ansiedade” que a cidade “ganhe alguns prémios” - “um pelo menos” - mas admite ser “um mundo competitivo com muita qualidade”. Já sobre o aumento do turismo em Lisboa, a responsável responde com uma certeza: ainda há “muito espaço para crescer”, faltando apenas “o acompanhamento do novo aeroporto”. “Até porque não podemos ter uma visão restritiva de Lisboa enquanto concelho. É mais do que isso: é uma região, que ainda tem muito para crescer e para dar.”