Verdes PT 2018, uma aplicação para promover “uma maior consciência ambiental”

Com esta app, "cada utilizador verá os milhões de euros que estão a ser colocados nos aterros sanitários e quantos empregos poderiam ser gerados com a reciclagem destas matérias-primas".

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Um investigador da Universidade de Coimbra desenvolveu uma aplicação que permite quantificar e qualificar, em segundos, os volumes de resíduos sólidos domésticos gerados por dia, mês e ano em cada um dos municípios de Portugal.

Denominada Verdes PT 2018, a nova aplicação (app) foi criada pelo investigador Márcio Magera Conceição, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no âmbito do seu pós-doutoramento orientado por Maria de Fátima Alves. A aplicação, que pode ser descarregada gratuitamente para iOS e Androidvai ser lançada na quinta-feira, às 10h, no Auditório II do Colégio São Bento (Departamento de Ciências da Vida da FCTUC), no Pólo I da Universidade de Coimbra, na Alta histórica da cidade.

O grande objectivo da aplicação é promover "uma maior consciência ambiental", afirma o investigador, citado pela FCTUC, em comunicado. "Cada utilizador verá os milhões de euros que estão a ser colocados nos aterros sanitários e quantos empregos poderiam ser gerados com a reciclagem destas matérias-primas que ainda são chamadas popularmente de lixo", sublinha Márcio Magera Conceição.

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A aplicação indica também "os milhões de euros que são gerados com o processo de reciclagem já adoptado em Portugal e todos os ganhos em matérias-primas, energia e ganhos ambientais por reutilizar os resíduos sólidos urbanos", acrescenta. Todos os dados foram extraídos de plataformas oficiais do Governo de Portugal e confirmados pelo investigador, adianta a FCTUC.

Esta app "permite quantificar e qualificar cientificamente o volume de resíduos sólidos urbanos produzidos nos municípios de Portugal, tipificando os resíduos domésticos e indicando os verdadeiros valores que estão a ser recuperados e também os valores perdidos pela não reciclagem", destaca a faculdade na mesma nota enviada à Lusa.

Com estes dados, "governos, empresas, instituições e universidades poderão realizar políticas públicas e planos de negócio com uma menor incidência de erros e com um menor investimento no processo da implantação de centrais de reciclagem pelo país", sustenta Márcio Magera Conceição. Além de que, destaca ainda o investigador, "a apresentação dos volumes e valores poderá criar uma consciência ambiental nos principais produtores de lixo do planeta".

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