Durante três dias, Idanha-a-Nova vai ser a capital da agricultura sustentável

O I-danha Food Lab vai decorrer de 9 a 11 de Novembro, em Monsanto. O evento, que promove a agricultura sustentável, inclui conferências, workshops e uma competição de startups. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 8 de Novembro.

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Adriano Miranda

A 3.ª edição do I-danha Food Lab promete transformar Idanha-a-Nova na capital da agricultura sustentável. De 9 a 11 de Novembro, Monsanto vai ser palco de várias conferências, workhops e de uma competição de startups, que atribuirá 10 mil euros ao vencedor.

Um dos objectivos é mostrar o trabalho das startups da i-Danha Food Lab Accelerator, aceleradora criada após a primeira edição do evento com a intenção de “passar das ideias aos actos”, como aponta ao P3 Cláudia Carocha, gestora de projectos da Building Global Innovators (BGI), entidade que está por detrás da iniciativa.

Resultante de uma parceria entre o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a BGI foi desafiada em 2016 pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova a desenvolver uma estratégia de captação de talento para a região. Foi assim que nasceu o I-danha Food Lab, que na edição deste ano vai apresentar nove startups ligadas ao sector.

Entre estas, inclui-se a Planetiers, uma loja online de distribuição de produtos ecológicos, a Open Grow, que desenvolve equipamentos inteligentes para automatizar as áreas de cultivo, e a Aquaponics Iberia, que cria peixes e vegetais de forma sustentável através de métodos biológicos. Além destas, outras dez startups — que ainda não foram anunciadas — vão competir entre si por um prémio de 10 mil euros. “Abrimos um concurso, tivemos 25 concorrentes e escolhemos dez para formar esta competição de startups”, explica Cláudia Carocha.

O evento conta ainda com várias iniciativas a decorrer em paralelo, como conferências e workshops, promovidos por 20 oradores diferentes. Da extensa agenda, Cláudia Carocha destaca uma sessão. Três empresas da região vão falar dos problemas do negócio agrícola, tanto a nível de comercialização como de produção ou comunicação. O objectivo é que a plateia — onde estarão vários especialistas — entre na discussão para para apresentar possíveis soluções. “Queremos trazer valor local para Idanha-a-Nova”, assume Cláudia.

Na programação, está também previsto um passeio por Monsanto onde será possível observar alguns dos 16 projectos provenientes da aceleradora que já estão a ser aplicados na aldeia. É o caso do sistema de rega inteligente, desenvolvido pela empresa Trigger System, que detecta a quantidade exacta de água necessária de modo a evitar o desperdício.  

O certame é aberto a toda a gente. As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas aqui até dia 8 de Novembro. Os participantes têm acesso gratuito às viagens de comboio de Lisboa para Monsanto, no dia 9, e viagem de regresso, no dia 11.

Desde a primeira edição, o I-danha Food Lab já reuniu mais de 200 especialistas, promoveu cerca de 70 startups e 240 empreendedores. À semelhança das edições passadas são esperadas cerca de 200 pessoas. O evento tem o patrocínio do EIT Food, do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia da Comissão Europeia.

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