BPI “estica” crédito a taxa fixa até 30 anos

Campanha assente em taxas que o banco garante até 30 de Novembro e com condições apertadas de acesso.

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BPI, presidido por Pablo Forero, está a crescer no crédito à habitação LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O BPI lançou esta terça-feira uma campanha de crédito à habitação a taxa fixa, a 30 anos, tornando-se o único, entre os maiores bancos a operar no mercado nacional, a fixar a taxa por um período tão alargado. A campanha está assente uma taxa anual nominal (TAN) reduzida, de 2,95%, que tem um prazo de validade reduzido e a que só poderão aceder um grupo de clientes muitos restritos.

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O BPI lançou esta terça-feira uma campanha de crédito à habitação a taxa fixa, a 30 anos, tornando-se o único, entre os maiores bancos a operar no mercado nacional, a fixar a taxa por um período tão alargado. A campanha está assente uma taxa anual nominal (TAN) reduzida, de 2,95%, que tem um prazo de validade reduzido e a que só poderão aceder um grupo de clientes muitos restritos.

A TAN corresponde apenas ao valor da taxa de juro base, não reflectindo todos os outros custos, como comissões e despesas iniciais, que se aproximam dos dois mil euros, bem como seguros e a subscrição de outros produtos, que só são visível na taxa anual de encargos efetiva global (TAEG).

A campanha do BPI, que desde que passou a ser dominado pelo espanhol Caixabank está apostado em crescer no segmento do crédito à habitação, apresenta taxas que serão válidas até 30 de Novembro, o que significa que, os pedidos e de empréstimo terão de ser apresentados e aprovados em tempo recorde.

Protagonizada pela modelo Sara Sampaio, a simulação para a taxa de 2,95% assenta num empréstimo de 150 mil euros, com dois proponentes (duas pessoas a pedir o empréstimo), com 30 anos e com uma conta aberta no BPI há mais de 30 dias. Os clientes têm ainda de cumprir o critério de melhor classe de risco, ou seja, têm de ser (ou perspectivar-se que sejam) bons clientes.

Na promoção do produto, com o mote "A vida muda. A taxa não", o BPI destaca que "uma subida de apenas dois pontos percentuais em relação ao valor atual da Euribor já vai beneficiar os clientes que optem pela modalidade de taxa tixa do BPI".

A CGD, o BCP, o Santander e o Novo Banco também disponibilizam crédito à habitação a taxas fixas (modalidade em que as taxas de juro não sofrem variações), mas por prazos mais curtos.

As ofertas de taxas de juro por prazos muito curtos, fixos nos primeiros anos, passando depois a taxas variáveis (indexadas às taxas Euribor), não criam grande protecção aos clientes. Isto porque as taxas variáveis estão actualmente em terreno negativo, apesar de se admitir que possam começar a subir a partir do próximo ano.

Num crédito à habitação a taxa fixa o cliente tem uma informação objectiva sobre os encargos totais ao olhar para o MTIC – montante total imputável ao consumidor. Num crédito a taxa variável, é importante olhar para MTIC actual (com a taxa actual), mas também para um cenário de subida de taxas em dois e quatro pontos percentuais.

Na informação divulgada a propósito da campanha, o BPI, que apresentou resultados trimestrais esta terça-feira, refere que nos primeiros nove meses, a contratação de novo crédito hipotecário no BPI ascendeu a 1050 milhões de euros, o que representa um crescimento de 36%, face ao mesmo período do ano passado. E que a carteira de crédito hipotecário registou um crescimento de 1,3% para 11.233 milhões de euros.