Já foi um supermercado, agora voltou a ser um palheiro

Ivo Tavares Studio
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No início, era um palheiro. De geração em geração, foi sofrendo alterações que o desfiguraram. Chegou, até, a ser um supermercado. Na Costa Nova, em Ílhavo, onde as pitorescas casas às riscas coloridas formam um cenário de postal, havia uma habitação que estava em risco de ruir.

“Só existia a fachada, as paredes e o telhado”, recorda Ânia Abrantes, a arquitecta de 35 anos responsável pela reconstrução do edifício. Não bastava voltar a edificá-lo. Era preciso enquadrá-lo na paisagem em que estava inserido.

As janelas foram feitas em madeira e a fachada revestida com tábuas sobrepostas na horizontal, tal e qual como manda a tradição. “Quisemos recuperar a ideia do palheiro, mas com uma interpretação contemporânea”, explica a arquitecta. O telhado foi adaptado para estar na linha dos restantes edifícios do quarteirão e a varanda colocada no eixo do edíficio, para se tornar no elemento central da composição. Até o tom de azul, apenas visível para quem se aproxima pela lateral da casa, foi recuperado dos palheiros originais. “Houve a necessidade de estar tudo historicamente enquadrado”, revela.

Apesar de não constar da lista de casas com restrições arquitectónicas, a Câmara Municipal de Ílhavo acompanhou o processo para assegurar que o palheiro não desfiguraria a coerência entre os edifícios da zona. A casa continua na família de sempre e servirá como habitação de férias. As fotos que compõem a galeria são da autoria de Ivo Tavares.

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