Na Nova Zelândia, há uma aldeia que quer acabar com os gatos

A ideia é que os donos registem os pequenos felinos e que, quando estes morrerem, não sejam substituídos de forma a proteger a biodiversidade local.

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A proposta está em consulta pública até 23 de Outubro Daniel Rocha

O conselho regional do ambiente de Southland, no Sul da Nova Zelândia, quer banir todos os gatos da localidade de Omaui. A ideia é que os donos registem os felinos, lhes coloquem um chip e que, quando estes morrerem, não sejam substituídos.

"Nós não odiamos gatos", diz John Collins, do Omaui Landcare Trust, ao site Newshub. "Mas este não é o lugar ideal para eles." Ali Meade, responsável de operações de biossegurança da região, afirma que, se a mudança for aprovada, a melhoria para o meio ambiente e para a vida das aves será enorme.

As medidas surgem no âmbito de um projecto para o controlo de pragas na região e engloba não só gatos, mas também cabras, porcos-espinho, ratos, toupeiras, entre outros.

Por enquanto, a proposta está em consulta pública e os residentes podem dar a sua opinião até 23 de Outubro.

Porém, nem todos os residentes estão contentes com a solução encontrada. Ao Otago Daily Times, uma moradora de Omaui diz ter ficado chocada com a ideia e até planeia propor uma petição contra a iniciativa. "Se eu não posso ter um gato, quase não é saudável para mim viver em minha casa", disse a moradora referindo-se a um problema de roedores que tem na área que circunda a sua casa.

O objectivo da Nova Zelândia é tornar-se livre de espécies que são consideradas pragas até 2050. É a tendência de predar pássaros nativos que coloca os gatos domésticos nesta lista.

Também no país, a zona de Kotuku Parks, na ilha Kapiti, já tem uma regra sem gatos, e Auckland já está a estudar um plano para abater gatos sem chip encontrados em locais “ecologicamente importantes”, cita o jornal The Guardian.

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