Três árvores desenharam esta escultura para habitar na Fuseta

Fernando Guerra — FG+SG
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Fernando Guerra — FG+SG

As paredes em reboco branco denunciam-lhe a localização, mas é no chão de tijoleira de terracota que assenta a certeza da origem tradicional desta Casa na Fuseta. Foi a partir da ampliação de uma “casa popular” na freguesia pertencente a Olhão, no Algarve — e do respeito por uma figueira, romãzeira e alfarrobeira — que o estúdio Miguel Arruda Arquitectos Associados desenhou uma “escultura habitável”. O projecto é um dos 14 finalistas a concorrer ao prémio do festival de arquitectura mundial (World Architecture Festival), na categoria de villa. “Das três árvores mencionadas, duas determinam o desenho sinusoidal [uma onda contínua] do corredor que liga a antiga construção à sua ampliação, constituída por dois volumes semicirculares”, lê-se, no resumo do projecto, enviado ao P3. No primeiro semicírculo ficam dois quartos e a casa-de-banho; enquanto a sala de estar e uma kitchenette ocupam outra metade de círculo.

A terceira árvore, de grande porte, ditou a “implantação da piscina” à porta da sala, próximo de uma escadaria exterior, estreita, que dá acesso ao um terraço e à “cobertura verde” que transforma o telhado num jardim. Por lá, sinais da presença árabe, àquele terraço chama-se açoteia. 

Além da Casa da Fuseta, há outros três projectos portugueses em competição no WAF: a Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Idanha-A-Nova, assinada pelo Plano Humano Arquitectos e distinguida na sexta edição dos A+A Awards, promovidos pelo portal Architizer; o Metamorphosis, em Luanda, do estúdio Segmento Urbano; e a Douro Valley House, em Marco de Canaveses, da autoria do MJARC Arquitectos Associados.

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