Nos Alive
Pearl Jam continuam a “rockar” por um mundo livre
Com os Pearl Jam não há concertos iguais. O alinhamento foi feito a pensar numa relação que começou em 1996 no extinto Pavilhão Dramático de Cascais onde tocaram, tal como agora, Even Flow, como recordou Eddie Vedder.
Desses tempos, a banda tocou temas como Black, Jeremy e Alive, que se julgava ser o tema de fecho do concerto, mas a banda preparou um encore no qual invocou John Lennon, com Imagine, os Pink Floyd, com Confortably Numb, e Neil Young, com Rockin' in a free world, que contou com a participação de Jack White.
Ao longo das cerca de duas horas de espectáculo, Eddie Vedder levou para o palco a vertente de activista, afirmando que caberá às gerações futuras "tomar conta desta merda". "Eles [numa clara referência a líderes como o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump] um dia vão embora, mas é preciso apressar isso."
Eddie Vedder, 52 anos, um dos últimos sobreviventes entre os vocalistas fundadores do movimento grunge, apelou ao respeito pelas diferenças, pelos direitos das mulheres e pela preservação do meio ambiente.
No terceiro concerto no NOS Alive, Eddie Vedder dirigiu-se ao público em português, a quem brindou e de quem se despediu com um cachecol da selecção portuguesa de futebol ao pescoço, com um "até à próxima".
O público pediu mais, mas a seguir entrariam em palco, já pelas 2h, os MGMT.
Os Pearl Jam foram a razão de ser da enchente do terceiro e último dia do festival – durante a tarde milhares de pessoas circulavam com roupa alusiva à banda –, mas as outras bandas que passaram pelo mesmo palco capitalizaram o público que não arredou pé. Lusa