Salário mínimo chega a 764 mil pessoas em 2018

Ministro do Trabalho destaca que a subida do salário mínimo para 580 euros não se traduziu num aumento da proporção de trabalhadores abrangidos por esta remuneração.

Foto
Vieira da Silva está no Parlamento para uma audição com os deputados José Sena Goulão/LUSA

No final de Março, o salário mínimo nacional abrangia 764.166 trabalhadores, adiantou nesta quarta-feira o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, durante uma audição que está a decorrer no Parlamento. Trata-se de um aumento de 4,2% em relação a Março de 2017 mas, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, isso não se traduziu num crescimento da proporção de trabalhadores abrangidos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No final de Março, o salário mínimo nacional abrangia 764.166 trabalhadores, adiantou nesta quarta-feira o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, durante uma audição que está a decorrer no Parlamento. Trata-se de um aumento de 4,2% em relação a Março de 2017 mas, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, isso não se traduziu num crescimento da proporção de trabalhadores abrangidos.

Vieira da Silva precisou que, tal como em 2017, as pessoas abrangidas pelo salário mínimo representam 22,9% do total de trabalhadores com remunerações declaradas à Segurança Social em Março.

“A proporção de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional aumentou sempre que foi actualizado, excepto em 2018”, refere a apresentação feita aos deputados pelo ministro.

O salário mínimo subiu para os 580 euros em Janeiro de 2018 e o objectivo do programa do Governo é que chegue aos 600 euros em 2019. Mas há sinais de que o valor final fique acima desta fasquia, dado que o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CEP), António Saraiva, admitiu que os patrões poderão surpreender e aceitar ir além dos 600 euros.

Na sua intervenção inicial, Vieira da Silva referiu ainda que houve aumentos salariais em todos os escalões de remunerações para os trabalhadores que permaneceram no mesmo posto de trabalho entre 2016 e 2017.

O aumento mais elevado, de 6%, ocorreu para os trabalhadores com remunerações entre os 530 e os 600 euros. Quem recebia salários intermédios (entre 600 e 1800 euros) o aumento foi superior a 3%, enquanto nos escalões salariais mais elevados as subidas foram mais moderadas e oscilaram entre 1% e 2%.

A audição de Vieira da Silva decorre dois dias antes da discussão na generalidade da proposta do Governo para alterar a lei laboral