Um postal desenhado à mão em jeito de diário

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A cada viagem que fazemos, há uma espécie de “contrato social” que nos coloca junto às lojas de recordações à procura de um íman com a Torre Eiffel ou da Ópera de Sydney em miniatura, para podermos oferecer quando regressarmos a casa. Maxwell Tisel, um ilustrador australiano a viver em Londres, decidiu fazer pequenos retratos que bem podiam ser os souvenirs que trazemos de cada local de passagem em férias. Durante as viagens por Madrid, Berlim, Cracóvia, Viena ou mesmo na sua Londres, os edifícios emblemáticos são desenhados pelo ilustrador numa réplica em miniatura.

 

“Eu desenho-os na rua e demoro umas duas horas a fazer as ilustrações”, conta. Está tudo relacionado com as viagens e a “sintonia perfeita” que há entre viajar e desenhar. Decidiu criar um “diário em banda desenhada” para documentar os locais que visitou na sua jornada de sete metes de mochila às costas, pelos continentes europeu e americano. “Isto ainda antes de ter Instagram ou qualquer rede social para os meus desenhos”, explica. As novas plataformas de divulgação e o objectivo de angariar mais mercado completaram a ponte entre um diário de viagem ilustrado e os postais. São cerca de cinco centímetros de edifícios ou espaços emblemáticos, tornados peças recortadas em Londres — “assim não tinha de desenhar o céu”, explica o ilustrador de 23 anos —, que por vezes vende. “No entanto, na maior parte das vezes, fico com os desenhos na minha pasta ou ofereço-a a amigos.” Ainda assim, podes sempre ver os retratos de Maxwell Tilse na conta de Instagram.