Banco de Portugal quer que redução da dívida pública seja acelerada

O Banco de Portugal (BdP) considera que a economia portuguesa continua excessivamente endividada, o que a torna frágil a eventuais problemas, e pede uma redução da dívida, em especial ao Estado, aproveitando o actual momento económico positivo.

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Miguel Manso

"Afigura-se crucial que o actual enquadramento macroeconómico e financeiro seja encarado como uma oportunidade para a redução do endividamento da economia e de reforço do ajustamento estrutural das finanças públicas", lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira, hoje divulgado.

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"Afigura-se crucial que o actual enquadramento macroeconómico e financeiro seja encarado como uma oportunidade para a redução do endividamento da economia e de reforço do ajustamento estrutural das finanças públicas", lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira, hoje divulgado.

Para o BdP, o elevado endividamento da economia portuguesa (administrações públicas, empresas e particulares) continua a ser um risco para a estabilidade financeira, já que torna a economia mais vulnerável a "choques adversos", e pede que se aproveite a actual conjuntura favorável para reduzir a dívida até porque o Banco Central Europeu (BCE) se prepara para reduzir os estímulos à economia europeia.

Em especial sobre a dívida pública, o banco central diz que, apesar de este ano se esperar uma "inversão da trajectória da dívida pública", é necessário reforçar a sua redução.