Governo olha para o modelo galego de combate aos fogos

Representante da Junta da Galiza revela pormenores da conversa com António Costa e com o Governo.

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Reunião em Lisboa na passada sexta-feira LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Comando único no combate aos incêndios, utilização de meios aéreos, especialmente helicópteros, e gestão de terrenos florestais abandonados. Estes foram os três pontos principais em que o Governo português quis ouvir os responsáveis da Junta da Galiza numa espécie de aula que se realizou na sexta-feira, com ministros e secretários de Estado a falarem com vários especialistas internacionais através de vídeo-conferência.

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Comando único no combate aos incêndios, utilização de meios aéreos, especialmente helicópteros, e gestão de terrenos florestais abandonados. Estes foram os três pontos principais em que o Governo português quis ouvir os responsáveis da Junta da Galiza numa espécie de aula que se realizou na sexta-feira, com ministros e secretários de Estado a falarem com vários especialistas internacionais através de vídeo-conferência.

Tomás Fernández-Couto, director-geral do Ordenamento Florestal da Junta da Galiza, que participou na iniciativa com António Costa e vários ministros, revelou ao jornal La Voz de Galicia que “os portugueses estão especialmente interessados no sistema de combate aos incêndios galego”.

Um dos principais pontos de interesse vai para o modo de funcionamento do comando único de combate usado naquela província espanhola. Um comando que opera em cada incêndio, mas que tem por trás um dispositivo central com uma cadeia de comando definida e protocolizada.

Outro dos pontos fortes que segundo Fernández-Couto despertou a curiosidade do Governo português “para desenhar o seu futuro sistema de luta contra os fogos” foi o da utilização de meios aéreos, especialmente helicópteros, e a sua coordenação com as brigadas terrestres.

O executivo mostrou ainda interesse em conhecer com a Galiza gere o problema dos terrenos abandonados, sendo este considerado em Espanha um ponto fundamental na prevenção e extinção de fogos florestais.

Na Galiza funciona um sistema banco de terras, em a junta pode apoderar-se de terras de proprietário desconhecido ou até de terras que tendo proprietários conhecidos estão ao abandono. Estas terras são depois entregues a quem mostre interesse e dê garantias de que as trabalhará e limpará. A junta tem também em curso neste momento uma discussão com as diversas autarquias para chegarem a um acordo para a limpeza de terrenos financiada pelo governo da província.

Outro dos participantes do lado de Espanha foi Juan Sanchez, do Sistema de prevenção e combate da Andaluzia, um dos mais bem dotados em termos de equipamento e considerado um mais dos mais eficazes de Espanha.

Na sexta-feira, durante a iniciativa, Tiago Martins Oliveira, o homem escolhido por António Costa para mudar o modo como em Portugal se previnem e se combatem os incêndios, revelou alguns dos pontos de interesse nas várias conversas com especialistas. Em relação à parte ibérica, o presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrado de Fogos Rurais, contou que lhes interessou a gestão dos meios aéreos.

Além destes especialistas, foram ouvidos ainda pelo Governo, Mark Beighley e Vicki Christiansen dos Estados Unidos, Johann Goldammer da Alemanha outro espanhol, Jose Joquatot, do sistema de prevenção e combate de Espanha.