Lu Nan, o fotógrafo da Magnum que dedicou a vida à China

Fotogaleria

O fotógrafo chinês da agência Magnum, Lu Nan, passou 15 anos a desenvolver as três séries fotográficas que o Museu Colecção Berardo expõe parcialmente a partir de dia 10 de Outubro. A primeira série, intitulada The Forgotten People: The Condition of China’s Psychiatric Patients, retrata a vida nos hospitais psiquiátricos chineses (1989-90); a segunda, On The Road: The Catholic Faith in China (1998-96), acompanha e descreve as vivências nas comunidades católicas das zonas rurais da China; a terceira e última, Four Seasons: Everyday Life of Tibetan Peasants, iniciada em 1996 e terminada quase dez anos depois, revela a vida quotidiana do povo tibetano. "O trabalho que Lu Nan realizou ao longo de 15 anos é de um realismo por vezes doloroso, que impressiona, que marca os nossos olhos e fica registado por muito tempo nas nossas memórias", afirma o curador da exposição João Miguel Barros, em comunicado ao P3. A China que é revelada nas imagens é de uma outra época, distante da actual, no entanto apresenta-se como um elemento que auxilia o espectador na compreensão da cultura chinesa dos dias modernos. "Esta exposição é um tributo ao trabalho de Lu Nan e um sinal de imenso respeito pelo Homem que soube, com elevação e coerência, preparar, executar e concluir um projecto de uma enorme dimensão, quase épica, que não está ao alcance de qualquer um", explica o curador. A exposição ficará patente até ao dia 14 de Janeiro de 2018.