"Vemos as cores, não vemos as competências"

Amélia Costa tem um nome tipicamente português e quem a ouve falar, do outro lado do telefone, não pensa que seja natural da Guiné-Bissau. Ao candidatar-se a um emprego num banco não colocou a fotografia no currículo.

Após três entrevistas, Amélia foi contratada como gestora comercial. Terceiro trabalho da série Racismo à Portuguesa.

Ao longo das próximas semanas iremos continuar a publicar a série Racismo à Portuguesa, sempre ao sábado, sobre diversas áreas que dão uma aproximação às desigualdades raciais em Portugal. O objectivo é o leitor ficar com uma ideia do que é o racismo institucional e estrutural na sociedade portuguesa.

Esta é a segunda parte da série Racismo em Português, sobre o colonialismo português em África e centra-se, por isso, no racismo contra os negros. Justiça, habitação, emprego, educação, activismo e as marcas do colonialismo em Portugal são as áreas abordadas.