Deputado do CDS não observou problemas

Pedro Mota Soares esteve em 14 assembleias de voto

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Antigo ministro esteve em Luanda como observador do processo eleitoral Rui Farinha | NFactos

Como observador internacional das eleições em Angola, Pedro Mota Soares, deputado do CDS, assegura que não teve conhecimento de qualquer problema nas 14 assembleias de voto que visitou na área de Luanda, nos últimos dois dias.

“Em todas elas encontrei delegados de cada partido, que acompanharam o acto eleitoral. Não me foi reportado qualquer problema”, afirmou ao PÚBLICO o ex-ministro da Segurança Social.

Para Mota Soares, o processo eleitoral pareceu “bem organizado” e não se terão repetido as dificuldades nas últimas eleições, nomeadamente com a demora em votar.

Descrevendo a capital de Angola como “muito calma”, o que pode ser explicado pela tolerância de ponto decretada, o deputado diz estar convencido de que a “taxa de participação foi muito alta”, apesar de ressalvar que, ainda não havia números sobre a abstenção, quando falou com o PÚBLICO. Na mesa de voto em que assistiu à contagem dos boletins, a taxa de participação foi na "casa dos 75%", o que significa que as pessoas “tinham vontade de escolher, o que é muito relevante num acto democrático”.

A expectativa do deputado é que as eleições contribuam para a “consolidação do processo democrático em Angola”, que seja um processo “de paz e estabilidade” no país e que haja “um reforço do multipartidarismo”. As três condições “são muito importantes para o futuro de Angola”, defende, lembrando que o país tem uma ligação histórica de “amizade” e também “económica”. “Quando houve crise em Portugal muitos portugueses encontraram em Angola formas de melhorar a sua vida”, recorda o antigo ministro do Governo PSD/CDS, acrescentando que agora que Angola passa por dificuldades a amizade deve funcionar “nos dois sentidos”. Com o resultado destas eleições e o reforço dos partidos da oposição, o deputado espera que o país "possa ultrapassar as dificuldades que são conhecidas". 

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