O fog londrino transformado numa obra de arte

Reuters/STEFAN WERMUTH
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Caminha-se pelo terraço sul da recentemente expandida Tate Modern, em Londres, e de repente os visitantes vêem-se rodeados de nevoeiro. Não é um fenómeno meteorológico. É a mais recente instalação da artista japonesa Fujiko Nakaya, que nos últimos 50 anos tem desenvolvido estas "esculturas de nevoeiro" um pouco por todo o mundo, como as pontes em Bristol ou o Museu Guggenheim de Bilbau.

Filha do cientista responsável pela invenção dos flocos de neve artificiais, Nakaya começou a dar nas vistas nos anos 1970 quando colaborou com a Experiments in Art and Technology, uma organização que estabelecia colaborações próximas entre artistas e engenheiros.

"A Natureza controla-se a si mesma. Eu tento e deixo-a expressar-se", explica Nakaya, tendo em mente o caso específico da instalação na Tate Modern, que funciona como um barómetro, reagindo a mudanças nas condições atmosféricas. Em alguns casos produz uma névoa ténue, noutros casos nevoeiro mais denso.

A instalação imersiva de Nakaya está integrada numa exposição mais alargada intitulada Ten Days Six Nights, a primeira de uma série programada pelo museu londrino que irá integrar obras de arte participativas que combinem instalação, performance, cinema, vídeo, som, e mesmo odores.

"É uma experiência primitiva", resume Nakaya, que tem agora 83 anos. "As pessoas adoram sentir o nevoeiro na sua pele, húmido e frio mas delicado e tranquilizador." O sucesso da instalação obrigou a Tate Modern a prolongar a sua presença no museu até esta terça-feira.

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