Nova fábrica em Évora mostra que país é "competitivo", diz António Costa

Primeiro-ministro esteve na cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre a Mecachorme Aeronáutica e o Governo. O projecto já havia sido anunciado em Março passado.

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Évora

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o projecto da multinacional francesa Mecachrome em Évora dá "um sinal da confiança em Portugal" e demonstra que o país é "um destino competitivo para o investimento estrangeiro".

O governante discursava, em Évora, na cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre Mecachrome Aeronáutica e o Estado português para uma fábrica da multinacional francesa, que está a ser construída na cidade alentejana. Um investimento que tinha sido anunciado em Março do ano passado, pelo presidente da AICEP, Miguel Frasquilho.

"Este investimento é um sinal da confiança em Portugal e da afirmação do país como localização para acolher investimento estrangeiro de grande dimensão e complexidade, em setores de alta tecnologia", disse na sessão, em que estiveram também presentes os ministros da Economia e do Planeamento e das Infraestruturas, assim como outros membros do Governo.

Costa referiu que Portugal é "um destino competitivo para o investimento estrangeiro", contribuindo o aumento deste para "reforçar a competitividade do tecido económico" do país. Nesse sentido, realçou, o Estado português "continua mobilizado para criar as melhores condições para que estes investidores escolham ficar" no país.

As empresas inovadoras "são o motor do crescimento e da criação de emprego que desejamos", porque reforçam "a estratégia de garantir a competitividade não pelos baixos salários, não pela compressão dos direitos laborais, mas através da aposta nas qualificações dos portugueses, na inovação e na modernização da economia", afirmou.

Na cerimónia, o presidente da Mecachrome, Júlio de Sousa, explicou que a decisão de expansão em Portugal [já possui outra unidade em Setúbal] "traduz a confiança do grupo no país", mas também a "existência de mão-de-obra e estruturas qualificadas e o bom nível de competitividade".

A cidade de Évora, que já conta com a presença de empresas ligadas ao setor da aeronáutica, como a brasileira Embraer, dispõe de "ótimas condições para o desenvolvimento" da Mecachrome e "revelou-se a localização ideal para este investimento", frisou.

O responsável adiantou que a fábrica de Évora, em construção junto às duas unidades da construtora aeronáutica Embraer, vai criar "300 postos de trabalho na sua fase inicial", prevendo que este número "cresça com o desenvolvimento do projeto".

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), destacou que o projecto da Mecachrome é "um investimento estruturante no interior do país", que "contraria a litoralização" que tem existido.

"É um investimento industrial, produtivo, com grande capacidade exportadora, tem uma significativa criação de postos de trabalho direto e indiretos, cria riqueza e rendimento, tem um efeito multiplicador e de atractividade e dá uma contribuição para a criação do cluster de aeronáutica, da defesa e do espaço, com sede em Évora", resumiu.

O autarca indicou que "estão em curso" outras negociações com empresas de aeronáutica, sector que envolve um investimento global na cidade de "mais de 230 milhões de euros e que vai criar, a curto prazo, cerca de mil postos de trabalho".

A fábrica de componentes metálicos para a indústria aeronáutica está a "nascer" no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, num investimento de cerca de 30 milhões de euros.

Antes da cerimónia, a comitiva governamental visitou o Polo Tecnológico Aeronáutica do Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora e as fábricas da Embraer, na cidade alentejana.

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