Rosário Gama diz que ministra fez “convite” a reformados para não votarem no PSD/CDS

Dirigente socialista mantém que TSU não deve ser mexida

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As 13 mil assinaturas da petição foram recolhidas apenas no espaço de um mês, disse Rosário Gama Sérgio Azenha

 “Acho que a senhora ministra das Finanças acabou de fazer convite aos reformados não votarem no PSD/CDS. Quando uma ministra vem com uma medida que já foi chumbada pelo Tribunal Constitucional e novamente para agravar as pensões em pagamento é um convite para os reformados não votarem na coligação”, afirmou aos jornalistas, à margem da comissão nacional do PS, a decorrer em Lisboa.

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 “Acho que a senhora ministra das Finanças acabou de fazer convite aos reformados não votarem no PSD/CDS. Quando uma ministra vem com uma medida que já foi chumbada pelo Tribunal Constitucional e novamente para agravar as pensões em pagamento é um convite para os reformados não votarem na coligação”, afirmou aos jornalistas, à margem da comissão nacional do PS, a decorrer em Lisboa.

Rosário Gama, que é membro da comissão política e comissão nacional do PS, tem sido uma das vozes críticas da redução temporária da Taxa Social Única (TSU), que consta do projecto de programa eleitoral do PS. “Continuo a acreditar que a TSU não deve ser mexida, a TSU é uma taxa contributiva que constitui receita importante para a Segurança Social. É uma opinião pessoal, foi o que disse na semana passada [na comissão política] continuo a dizer agora”, afirmou.

Questionada sobre a defesa que o líder do PS tem vindo a fazer da medida, Rosário Gama respondeu: “E o que é que eu posso fazer? Se o António Costa não quer abdicar, não abdicará. Mas não se deve mexer. Apesar de haver diversificação de fontes de financiamento – que eu concordo, aliás concordo com muita coisa do programa socialista – deve ser para reforçar as receitas da Segurança Social”.

Já sobre se vai votar contra o programa eleitoral na convenção do partido, marcada para 5 e 6 de Maio, a dirigente socialista não quis dar uma resposta definitiva. “Vamos ver”, disse.