Um sinistro aviso para os países árabes

Em pleno século XXI, os assassinos do autodenominado Estado Islâmico (EI) deram mais um passo rumo à selvajaria da Idade Média: o último dos seus reféns usados em exibições de terror mediático foi queimado vivo numa jaula. Não contentes com as decapitações de James Foley, Steven Sotloff, Peter Kassig (norte-americanos), Alan Henning, David Haines (britânicos), Haruna Yukawa e Kenji Goto (japoneses), sujeitaram o jordano Moaz al-Kasasbeh a um sofrimento atroz e indizível. Talvez porque al-Kasasbeh era simultaneamente muçulmano (sunita) e soldado de um país árabe que combate o EI, este seu martírio teve especial significado. Foi dirigido não para “fora” (EUA, Reino Unido, Japão) mas para “dentro”, para os países árabes, como prova de supremacia. O efeito, porém, será o contrário: tamanha barbárie só suscita maior repugnância e rejeição. Pelo menos entre todos os que, árabes ou não, ainda se consideram seres humanos.

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Em pleno século XXI, os assassinos do autodenominado Estado Islâmico (EI) deram mais um passo rumo à selvajaria da Idade Média: o último dos seus reféns usados em exibições de terror mediático foi queimado vivo numa jaula. Não contentes com as decapitações de James Foley, Steven Sotloff, Peter Kassig (norte-americanos), Alan Henning, David Haines (britânicos), Haruna Yukawa e Kenji Goto (japoneses), sujeitaram o jordano Moaz al-Kasasbeh a um sofrimento atroz e indizível. Talvez porque al-Kasasbeh era simultaneamente muçulmano (sunita) e soldado de um país árabe que combate o EI, este seu martírio teve especial significado. Foi dirigido não para “fora” (EUA, Reino Unido, Japão) mas para “dentro”, para os países árabes, como prova de supremacia. O efeito, porém, será o contrário: tamanha barbárie só suscita maior repugnância e rejeição. Pelo menos entre todos os que, árabes ou não, ainda se consideram seres humanos.