PSD diz que será fácil conjugar posições para comissão de inquérito ao BES

Presidente do grupo parlamentar do PSD recusa “corridas de Verão para ver quem é que chega primeiro".

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Nuno Ferreira Santos

"Admito que seja relativamente fácil no Parlamento poder haver uma conjugação de posições com vista a haver um inquérito parlamentar", afirmou o presidente do grupo parlamentar do PSD. Sublinhando que o PSD e a maioria nunca se opuseram a diligências com vista a escrutinar tudo o que são os actos da administração, do Governo e dos órgãos da administração, Luís Montenegro recusou, contudo, qualquer tipo de "precipitação" ou "corridas de Verão para ver quem chega primeiro".

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"Admito que seja relativamente fácil no Parlamento poder haver uma conjugação de posições com vista a haver um inquérito parlamentar", afirmou o presidente do grupo parlamentar do PSD. Sublinhando que o PSD e a maioria nunca se opuseram a diligências com vista a escrutinar tudo o que são os actos da administração, do Governo e dos órgãos da administração, Luís Montenegro recusou, contudo, qualquer tipo de "precipitação" ou "corridas de Verão para ver quem chega primeiro".

"É uma matéria que é importante e quando reabrirmos os trabalhos no Parlamento, analisaremos todas as propostas que sobre ela forem feitas", acrescentou, mostrando-se disponível para ouvir o que outros partidos dirão sobre o assunto para "definir qual é o melhor tempo e o modo mais adequado" para a realização do inquérito.

A 2 de Agosto, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, anunciou que o seu partido iria propor a criação de uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades. Pelo BE, João Semedo disse que apoiaria a iniciativa, enquanto pelos socialistas, António José Seguro, desafiou este fim-de-semana a maioria a viabilizar a comissão de inquérito. Ao jornal online Observador, Diogo Feio afirmou que o CDS não tem "qualquer oposição a todos os meios admissíveis no plano parlamentar".

O Governo, principalmente através da ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque, tem afastado qualquer cenário de comparação entre a intervenção no BES e a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), em 2008. O Estado vai emprestar 3900 milhões de euros ao Fundo de Resolução, que é o accionista do Novo Banco, instituição financeira gerida por Vítor Bento que ficou com os bons activos do ex-BES. Outros 1000 milhões ficam a cargos dos bancos.