Luanda assume controlo do BES Angola e banco português perde a maioria

Acções do BES seguem a valorizar perto de 2%.

Foto
Acordo sobre BES Angola negociado ao mais alto nível. Sara Matos

Segundo o jornal, “o BES perde a maioria, mas receberá o compromisso de que o empréstimo de 3.000 milhões ao banco angolano será reembolsado”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo o jornal, “o BES perde a maioria, mas receberá o compromisso de que o empréstimo de 3.000 milhões ao banco angolano será reembolsado”.

No âmbito de uma operação que estará a ser negociada entre os bancos centrais dos dois países, “Angola vai assegurar a injecção de capital de que o BES  Angola necessita por ter mais de 70% da sua carteira de crédito em risco de incumprimento”, adianta o jornal.

O aumento de capital, que “está a ser negociado ao mais alto nível”, segundo o Jornal Negócios, pretende evitar que o BES, agora liderado por Vítor Bento, sofra as consequências dos problemas financeiros do banco em Angola .

Em Lisboa, as acções do BES seguem a subir perto de 2%, para 0,46 euros.

O BES, que apresenta resultados semestrais esta quarta-feira, ainda não prestou esclarecimentos ao mercado sobre as consequências do pedido de gestão controlada da Espírito Santo Financial Group (ESFG), que terá constituído uma reserva de 700 milhões de euros para garantir o reembolso de papel comercial vendido aos balcões do banco.