BES Angola não prevê alterações com saída de Ricardo Salgado do banco português

O capital é detido em 55,71 por cento pelo Banco Espírito Santo português.

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Maior accionista do BES veio desmentir estar sob investigação no Luxemburgo

O presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo Angola (BESA), Rui Guerra, disse que as mudanças na gestão do maior accionista, com a saída de Ricardo Salgado da presidência executiva do BES, não implicam alterações na operação angolana.

"Não perspectivo qualquer tipo de alteração. Nesta altura, a relação entre o Banco Espírito Santo [BES] e os accionistas angolanos é muito, muito positiva", disse Rui Guerra, à margem do IV Fórum Banca promovido pelo jornal "Expansão", que se realizou nesta quinta-feira, em Luanda.

Uma nota emitida a 20 de Junho pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) acabou por confirmar a saída de Ricardo Salgado da presidência executiva do BES, ao fim de mais de vinte anos, dando conta da convocatória para a assembleia geral da instituição. O actual administrador financeiro daquela instituição bancária, Amílcar Morais Pires, é o nome proposto para ser o novo presidente executivo do BES.

O capital do BESA é detido em 55,71 por cento pelo Banco Espírito Santo português.

"Há uma aposta clara por parte do Banco Espírito Santo desde sempre em África, e em particular em Angola, e que continua. Faz parte dos seus projectos. Não perspectivo nenhuma alteração relativamente a Angola", enfatizou Rui Guerra, quando questionado pelos jornalistas sobre o futuro do BESA, tendo em conta as alterações na gestão do maior accionista.

De acordo com informação da própria instituição, o BESA conta com cerca de mil funcionários e, além do banco português, conta na sua estrutura accionista com a Portmill (24%) e o Grupo GENI (18,99%), assim como outros accionistas individuais (1,3%).

 

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