Cabeça de Balotelli na vitória da Itália sobre a Inglaterra

Avançado decisivo no triunfo por 2-1.

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Marchisio abriu o marcador para a Itália Reuters/Darren Staples
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Sturridge empatou para a Inglaterra AFP/Francois Xavier Marit
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Balotelli cabeceia para golo da vitória REUTERS/Ivan Alvarado
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Rooney combate o calor como pode Reuters/Darren Staples
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Immobile nas costas de Gerrard AFP/Fabrice Coffrini
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Darmian corta uma bola de forma acrobática AFP/Odd Andersen

Itália e Inglaterra são duas selecções “clássicas” do futebol, com mais de duas dezenas de confrontos entre si e um score equilibrado. Mas, em grandes competições, os italianos ganham sempre. Foi assim no Euro 80, no Mundial de 1990, no Euro 2012 e foi também neste sábado em Manaus, na Arena da Amazónia, em que a “squadra azzurra” triunfou sobre os ingleses por 2-1, em jogo a contar para a primeira jornada do Grupo D do Mundial 2014

Os velhos conhecidos encontravam-se à beira da Amazónia. Branco contra azul, juventude contra experiência, contra-ataque contra posse de bola no relvado imperfeito do Arena da Amazónia, mais muito calor e muita humidade, mas sem que fosse impedimento de uma demonstração de virtudes em diferentes estilos.

Roy Hodgson fez desta Inglaterra uma equipa de velocidade apoiada no virtuosismo e capacidade atlética dos seus homens da frente (Sterling, Rooney, Welbeck e Sturridge), Cesare Prandelli não desvirtuou o estilo da “squadra azzurra”, com Andrea Pirlo como epicentro.

Foi um duelo digno de dois antigos campeões do mundo, que começou a grande velocidade, não fossem os jogadores ficar presos por esta meteorologia pesada para futebol. Os jovens “lobos” ingleses começaram a abrir brechas no muro italiano, com Sterling e Henderson a alvejarem aos 4’ e 5’ com perigo a baliza de Salvatore Sirigu, que substituiu o habitual titular Gianluigi Buffon, lesionado de véspera. E foi da Inglaterra a primeira grande oportunidade, com Welbeck a ganhar o flanco e a colocar a bola na pequena área, com Sturridge a falhar por pouco.

Sem nunca perder o controlo, a Itália respondeu com estrondo, numa perfeita demonstração da importância de Pirlo, decisivo mesmo quando não toca na bola. Minuto 35, à entrada da área, o médio da Juventus finge que vai receber a bola e deixa-a passar para Marchisio, que ficou com a via aberta para fuzilar a baliza de Joe Hart. Não houve obstáculos à trajectória do remate e a Arena da Amazónia assistia ao seu primeiro golo deste Mundial.

Só que esta Inglaterra não foi de se ficar e respondeu com eficácia letal dois minutos depois, A jogada começa em Sterling, que mete a bola em Rooney, que ultrapassa em velocidade o seu adversário no flanco esquerdo e cruza na perfeição para Sturridge fazer o empate.

A Itália continuou sem se descontrolar, como um predador que não quer saltar para cima da presa antes do momento certo. Esperou até que os ingleses afrouxassem um bocadinho no final da primeira parte e criou muito perigo no minuto de compensação.

Quarenta e cinco minutos depois do primeiro apito do árbitro, o génio irreverente de Mário Balotelli finalmente apareceu e por pouco não deu golo. Quase junto à linha de fundo, o avançado do AC Milan faz um chapéu a Hart e a bola só não entra na baliza graças à intervenção de Phil Jagielka. No instante seguinte, Antonio Candreva acertou no poste.

Duas oportunidades italianas num minuto sufocante para a Inglaterra e a promessa de uma grande segunda parte. Promessa cumprida. Aos 50’, Candreva avança pelo flanco, faz o cruzamento e Balotelli antecipa-se a Gary Cahill para fazer o 2-1.

A Itália estava no seu terreno, em vantagem e tranquila. Mas os ingleses continuaram a resistir ao calor e à humidade e não abrandaram. Rooney teve o golo nos pés aos 54’ e aos 61’, mas a maldição dos Mundiais não deixou de pairar sobre o avançado do Manchester United e a sua contabilidade ao primeiro jogo do seu terceiro torneio continua a zero.

Sirigu, o suplente de Buffon, também teve a sua oportunidade de brilhar, defendendo os remates aos 63’ e 77’, respectivamente, de Barkley e Baines. Mas Pirlo, por pouco não deu maior expressão ao triunfo dos “azzurri” nos instantes finais da partida, com um livre à entrada da área em que a mesma força que levava a bola para a baliza parecia empurrar Joe Hart para o lado contrário. Só a trave impediu que mais um momento de génio do veterano italiano tivesse a devida compensação.

Ficha de jogo, estatísticas e comparação entre jogadores

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