Bancarrota e secessão

Uma crise de proporções imprevisíveis está a desenhar-se na fronteira oriental da Europa.

O novo primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk estreou-se no cargo afirmando que lidera um “governo de kamikazes”.

 Sabe que pode contar com a ajuda do FMI, dos EUA e da União Europeia, mas as verbas que estão em cima da mesa estão muito longe do que a Ucrânia precisa. O risco de bancarrota é real e o Governo está condenado a tomar medidas severas e impopulares.

No mesmo dia, o Presidente deposto, Ianukovich, deu sinais de vida, a partir da Rússia, para onde terá fugido após ter desviado 51 milhares de milhões de euros, ao longo de três anos.

E as manifestações secessionistas na Crimeia mostram que Moscovo já começou a mobilizar as populações pró-russas da Ucrânia para pressionar Kiev.

A situação é fluida e os riscos para o futuro da Ucrânia são enormes. Yatseniuk lidera um governo de transição frágil que terá as maiores dificuldades em gerir os acontecimentos. Uma crise de proporções imprevisíveis está a desenhar-se na fronteira oriental da Europa.

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