Aqui ninguém passa fome

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Ao fim de 75 dias de insurreição nas ruas de Kiev, sem precedentes desde o colapso da União Soviética, tudo parecia mudar e tudo acabou por ficar na mesma. O Parlamento reuniu na terça-feira com bancadas barulhentas, gritos de “Assassinos!” e invocações do risco de uma guerra civil. Nas ruas, os manifestantes, acampados, barricados, vão recebendo alguma comida por parte de voluntários. Eles mantêm-se firmes na linha da frente. Alguns resistem há mais de dois meses e perante temperaturas que podem atingir os 30 graus negativos. Ninguém passa fome. A eficiência do sistema de alimentação, organizado por voluntários que cozinham e entregam alguns alimentos básicos, revela a auto-suficiência do movimento de oposição.