Jardim elogia Rui Machete como “mais-valia” do Governo

Numa entrevista sem novidades, o líder madeirense disse que deixa o governo em Janeiro de 2015.

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“Se há pessoa séria, bem formada, se há uma mais-valia para este Governo, é Rui Machete”, declarou Alberto João Jardim quarta-feira à noite, quando foi questionado na Grande Entrevista da RTP sobre a polémica que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros, que anunciou os 4,5% de taxa de juro como condição essencial para Portugal evitar um segundo resgate.

Já quando Rui Machete substituiu Paulo Portas naquela pasta, Jardim, referindo-se àquele membro  do Conselho Consultivo da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (concessionária da Zona Franca), disse que a sua entrada “valorizou muito o Governo, até pela formação pessoal que tem e pelo um tom diferente, oposto mesmo, a certas formações pessoais que lá estiveram no passado".

Um ano depois de ter sido entrevistado no programa De Caras, de Virgílio Gonçalves, o governante voltou ao seu novo espaço Grande Entrevista, para repetir opiniões sobre o plano de resgate em que “o país não pode entrar”, a “dureza” do Orçamento de Estado, a “necessidade” de uma revisão constitucional e o futuro do país para o qual diz ter “soluções”.

“Eu olho com muita apreensão para a dureza deste Orçamento do Estado”, disse Jardim, que admitiu a possibilidade de os deputados sociais-democratas da Madeira, na votação final, aprovarem o Orçamento do Estado que “não é do agrado da Região”. A propósito do PAEF, que fez agravar a austeridade na região, confessou mais uma vez: “Não estou arrependido de ter feito a dívida e se pudesse, tinha feito outra vez”.

Reiterou igualmente as suas explicações para a hecatombe nas eleições autárquicas: “Eu estou tão insatisfeito como está o povo” e  “houve aqui um frentismo contra o PSD”. Sobre a ameaça de expulsar do PSD os militantes que, como Miguel Albuquerque (“um caso arrumado”), insistam na antecipação do congresso electivo, justificou: “A partir do momento que há uns indivíduos apostados em fazer implodir o partido, o partido deve ver-se livre deles”.

Como José Eduardo dos Santos, Jardim reconheceu que está há “demasiado tempo no poder” e garantiu que em Janeiro de 2015, a nove meses das eleições regionais, passa a chefia do governo para novo líder do PSD.

“Desta vez, os senhores ficam livres de mim”, assegurou.

 

 

 
 
 
 
 

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