Netanyahu espera que acordo EUA/Rússia conduza à destruição das armas químicas na Síria

John Kerry está em Israel para falar da Síria e das negociações israelo-palestinianas.

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Chegada de John Kerry a Israel na manhã deste domingo Reuters

"Esperamos que o entendimento a que os EUA e a Rússia chegaram relativamente às armas químicas na Síria produza resultados", declarou o chefe do Governo israelita, em Jerusalém.

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"Esperamos que o entendimento a que os EUA e a Rússia chegaram relativamente às armas químicas na Síria produza resultados", declarou o chefe do Governo israelita, em Jerusalém.

"Este acordo será julgado pelo seu resultado: a completa destruição de todas as armas químicas que o regime sírio usou contra o seu próprio povo", disse, citado pela Reuters.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou na manhã deste domingo a Israel para um encontro com Netanyahu. Na agenda está não só a Síria mas também as negociações israelo-palestinianas.

Depois do acordo obtido no sábado entre os EUA e a Rússia, Israel ainda não tinha reagido oficialmente e, nos meios de comunicação social do país, as reacções dos analistas e responsáveis políticos revelavam algum cepticismo, avança a AFP.

"O verdadeiro teste deste acordo entre Washington e Moscovo será a sua aplicação. Já no passado houve acordos semelhantes que só serviram para ganhar tempo", interpretou Silvan Shalom, o ministro da Água e do Desenvolvimento Regional, ouvido pela rádio pública israelita.

Por seu lado, o ministro dos Assuntos Estratégicos, Youval Steinitz, declarou que a aplicação do acordo pode demorar "muito tempo" e que, entretanto, é provável que as armas químicas sejam escondidas.

Os analistas questionam-se ainda sobre a probabilidade de Washington exigir a Israel que ratifique a Convenção sobre as Armas Químicas. Uma opção que Avigdor Lieberman, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente da Comissão para os Negócios Estrangeiros e a Defesa, recusa. "Nós não podemos assinar tal tratado. Quando isso suceder, o Médio Oriente será transformado num novo Médio Oriente."