Português que fez ameaça de bomba em São Tomé e Príncipe colocado sob termo de identidade e residência

O Tribunal de Primeira Instância de São Tomé e Príncipe decretou nesta terça-feira termo de identidade e residência como medida de coacção ao cidadão português que fez uma ameaça de bomba a bordo de um avião.

Manuel Ferreira, que irá a julgamento na quinta-feira, provocou hoje o pânico quando já dentro do avião da companhia aérea Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) que faz a ligação São Tomé-Lisboa ao serviço da transportadora STP Airways, disse ter "uma bomba que pode explodir a qualquer momento".

O avião, que tinha entre os passageiros a ministra dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Natália Umbelina e o ministro português da Solidariedade e Segurança social, Pedro Mota Soares, foi evacuado e inspeccionado pela polícia e pela segurança do aeroporto, que concluíram que não existia qualquer explosivo a bordo.

O incidente provocou um atraso de mais de quatro horas no voo, que acabou por partir para Lisboa cerca das 13h (14h em Lisboa).

"O passageiro disse que tinha uma bomba no aparelho (avião) e que nós tínhamos que proceder em conformidade", disse à Lusa o responsável pela segurança do aeroporto de São Tomé, Fernando Pereira.

Manuel Ferreira não fez declarações à imprensa mas de acordo com a polícia alegou que tudo não passou de uma brincadeira.

O advogado de Manuel Ferreira disse a jornalistas que o incidente "não passa de um mal-entendido".

"As coisas serão devidamente esclarecidas, não há motivo nenhum para alarme, não está em causa nem nunca esteve em causa a segurança da aviação civil, sempre fomos um país tranquilo e vamos continuar a sê-lo", disse o advogado André Aragão.

Manuel Ferreira está a receber apoio da embaixada portuguesa em São Tomé e Príncipe.

A STPAirways voa uma vez por semana para Lisboa com aviões fretados à TACV, uma vez que a companhia são-tomense está na lista negra da União Europeia e proibida de viajar para território europeu.

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