Portugal contrata seis bancos para emissão de dívida a dez anos

Operação, a realizar num esquema de leilão sindicado, avançará consoante as condições de mercado. Será a segunda desde o início do programa da troika.

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O Tesouro lançou-se em Janeiro na primeira emissão de longo prazo desde a chegada da troika Patrícia de Melo Moreira/AFP

De acordo com a agência financeira, os bancos são a Caixa – Banco de Investimento (Caixa BI), Citi, Credit Agricole, Goldman, HSBC e Société Générale, e a operação será lançada “no futuro próximo” e sujeito “a condições de mercado”.

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De acordo com a agência financeira, os bancos são a Caixa – Banco de Investimento (Caixa BI), Citi, Credit Agricole, Goldman, HSBC e Société Générale, e a operação será lançada “no futuro próximo” e sujeito “a condições de mercado”.

A emissão da dívida terá uma maturidade até 15 de Fevereiro de 2024, refere a Bloomberg, que cita uma fonte que pediu para não ser identificada.

Também através de um esquema de leilão sindicado (através de um grupo de instituições financeiras), o Tesouro português realizou em Janeiro uma emissão de dívida pública de 2500 milhões de euros a cinco anos, a primeira operação de longo prazo desde a chegada da troika.

O leilão teve uma procura de 12.000 milhões de euros, atraindo sobretudo a atenção de investidores especulativos (como hedge funds e gestores de activos) e não instituições convencionais (como bancos centrais e outras instituições oficiais).

O Ministério das Finanças tem estado a preparar o terreno para uma nova emissão de dívida no mercado primário, com uma campanha de promoção da dívida nacional junto de investidores privados, como já fizera aquando da primeira emissão de longo prazo.

Nessa altura, a campanha esteve concentrada nos EUA, de onde partiu grande parte das compras de obrigações do Tesouro colocadas na emissão de 23 Janeiro.

Desde que está sob intervenção externa, Portugal tem garantido o financiamento a longo prazo através das tranches do empréstimos de 78 mil milhões de euros da União Europeia e do FMI. Desde então, tem apenas realizado leilões de dívida de curto prazo, que não ultrapassam os 12 meses. A excepção foi a emissão sindicada de Janeiro.<_o3a_p>