PS diz que alargamento é importante mas insuficiente

Partidos da esquerda insistem na necessidade de renegociação do ajustamento.

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A marcação das eleições das distritais começam a agitar o PS Miguel Manso

No entanto, Óscar Gaspar, que falava na sede do PS, em Lisboa, considerou que essa medida não será suficiente para Portugal ultrapassar a crise. "O PS defende, há muito, mais tempo para que Portugal possa pagar as suas dívidas e trabalhou para isso. Consideramos que a medida tomada hoje pelo Eurogrupo é muito positiva, mas não é suficiente. Precisamos de mais tempo para fazer o ajustamento do défice, de taxas de juro mais baixas e do diferimento dos juros", disse o socialista.

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No entanto, Óscar Gaspar, que falava na sede do PS, em Lisboa, considerou que essa medida não será suficiente para Portugal ultrapassar a crise. "O PS defende, há muito, mais tempo para que Portugal possa pagar as suas dívidas e trabalhou para isso. Consideramos que a medida tomada hoje pelo Eurogrupo é muito positiva, mas não é suficiente. Precisamos de mais tempo para fazer o ajustamento do défice, de taxas de juro mais baixas e do diferimento dos juros", disse o socialista.

Depois de reconhecer os benefícios da decisão europeia, por permitir “suavizar o perfil dos pagamentos, aproveitou para lançar a farpa a Pedro Passos Coelho: "Prova, contra a opinião do Governo, que é possível renegociar as condições do ajustamento."

E puxou ainda dos galões sobre os contactos do PS ao nível europeu, falando das várias "diligências há meses a esta parte, mas também ainda ontem [quinta-feira], em Dublin, no sentido de demonstrar que era importante um alargamento das maturidades".

Nos restantes partidos da Esquerda, imperou a desvalorização da novidade. "É um novo adiamento da renegociação da dívida de que precisamos, dos montantes, dos juros e dos prazos", disse o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.

E Luís Fazenda, do BE, qualificou como "paliativo" o alargamento em sete anos do prazo para Portugal pagar o empréstimo, dado o "volume da dívida", reiterando que é necessária uma "renegociação completa de todos os elementos da dívida".

Já da parte do PSD, o deputado Luís Montenegro considerou que “a medida pode-se considerar consensualmente positiva e a questão dos juros não será a mais importante”. Para o líder da bancada social-democrata, o apoio que os ministros das Finanças da zona euro deram ao alargamento em sete anos do prazo para Portugal pagar os empréstimos “foi um reconhecimento do esforço que Portugal está a desenvolver, do Governo, dos portugueses”.