PS diz que alargamento é importante mas insuficiente
Partidos da esquerda insistem na necessidade de renegociação do ajustamento.
No entanto, Óscar Gaspar, que falava na sede do PS, em Lisboa, considerou que essa medida não será suficiente para Portugal ultrapassar a crise. "O PS defende, há muito, mais tempo para que Portugal possa pagar as suas dívidas e trabalhou para isso. Consideramos que a medida tomada hoje pelo Eurogrupo é muito positiva, mas não é suficiente. Precisamos de mais tempo para fazer o ajustamento do défice, de taxas de juro mais baixas e do diferimento dos juros", disse o socialista.
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No entanto, Óscar Gaspar, que falava na sede do PS, em Lisboa, considerou que essa medida não será suficiente para Portugal ultrapassar a crise. "O PS defende, há muito, mais tempo para que Portugal possa pagar as suas dívidas e trabalhou para isso. Consideramos que a medida tomada hoje pelo Eurogrupo é muito positiva, mas não é suficiente. Precisamos de mais tempo para fazer o ajustamento do défice, de taxas de juro mais baixas e do diferimento dos juros", disse o socialista.
Depois de reconhecer os benefícios da decisão europeia, por permitir “suavizar o perfil dos pagamentos, aproveitou para lançar a farpa a Pedro Passos Coelho: "Prova, contra a opinião do Governo, que é possível renegociar as condições do ajustamento."
E puxou ainda dos galões sobre os contactos do PS ao nível europeu, falando das várias "diligências há meses a esta parte, mas também ainda ontem [quinta-feira], em Dublin, no sentido de demonstrar que era importante um alargamento das maturidades".
Nos restantes partidos da Esquerda, imperou a desvalorização da novidade. "É um novo adiamento da renegociação da dívida de que precisamos, dos montantes, dos juros e dos prazos", disse o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.
E Luís Fazenda, do BE, qualificou como "paliativo" o alargamento em sete anos do prazo para Portugal pagar o empréstimo, dado o "volume da dívida", reiterando que é necessária uma "renegociação completa de todos os elementos da dívida".
Já da parte do PSD, o deputado Luís Montenegro considerou que “a medida pode-se considerar consensualmente positiva e a questão dos juros não será a mais importante”. Para o líder da bancada social-democrata, o apoio que os ministros das Finanças da zona euro deram ao alargamento em sete anos do prazo para Portugal pagar os empréstimos “foi um reconhecimento do esforço que Portugal está a desenvolver, do Governo, dos portugueses”.