Governo ameaça fixar serviços mínimos nos portos se não houver acordo

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Passos Coelho acusa os trabalhadores dos portos dos maus resultados nas exportações Foto: Reuters

Se continuar a não haver acordo com os sindicatos dos trabalhadores dos portos, que mantêm a greve há mês e meio, o Governo tenciona fixar unilateralmente os serviços mínimos.

A garantia foi deixada na manhã desta quarta-feira pelo primeiro-ministro em declarações aos jornalistas no final de uma visita à fábrica da Sicasal, no concelho de Mafra.

“O Governo espera que se possa fazer a revisão dos serviços mínimos nos portos”, apelou Pedro Passos Coelho, realçando que o executivo tem “até adoptado uma atitude de grande abertura” em relação a esta paralisação. O primeiro-ministro julgava mesmo que já teria sido conseguido um acordo – mas apesar de sindicatos e Governo estarem perto, ainda nada está decidido.

“Se houver dificuldades de fixar serviços mínimos, o Governo não deixará de o fazer”, garantiu Passos Coelho, afirmando que prefere “favorecer a negociação”. Porém, lembrou, esta arrasta-se há mais de mês e meio.

Passos Coelho voltou a responsabilizar os sindicatos que convocaram a greve nos portos pelo mau desempenho nas exportações portuguesas. “A greve é um direito inalienável, mas deve ser usado com moderação”, disse o primeiro-ministro, apontando o dedo: “Os resultados das exportações do terceiro trimestre pioraram significativamente devido às greves que têm acontecido nos portos.”

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