Antigo convento nas Mercês e estação da EPAL protegidos

O antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus (na freguesia das Mercês) e a estação elevatória dos Barbadinhos (em Santa Engrácia), ambos em Lisboa, foram também classificados como conjuntos de interesse público, numa portaria publicada em Diário da República na passada semana.

A classificação do antigo convento e restos da cerca conventual inclui a Igreja de Nossa Senhora de Jesus (que é imóvel de interesse público desde 1944), a Igreja Paroquial das Mercês, a Academia das Ciências, o Museu Geológico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, a Capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora de Jesus e o Hospital de Jesus. Segundo a portaria assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, a classificação deste conjunto justifica-se "pelo seu relevante valor arquitectónico intrínseco e dimensão complementar relativamente à Igreja de Nossa Senhora de Jesus, pela sua notável inscrição urbana, dimensão e integridade construtivas, vocação pública e ligação emblemática à História da Ciência em Portugal, bem como pelo valor incalculável dos seus espaços museológicos e bibliográficos".

Em Setembro do ano passado, por ocasião da Semana Europeia da Mobilidade, o vereador do Ambiente Urbano e Espaço Público da Câmara de Lisboa apresentou um projecto para esta área da cidade, a desenvolver em dois anos: a criação de um percurso pedonal destinado a "interligar, através de percursos actualmente não acessíveis ao público, uma sequência de espaços internos ao quarteirão delimitado pela Calçada do Combro, Rua do Século e Rua da Academia das Ciências". Na altura Sá Fernandes sublinhou que se tratava de "um caminho histórico, essencial para conhecer esta parte do Bairro Alto".

Quanto à estação elevatória dos Barbadinhos, a classificação abrange "todos os valores patrimoniais que fazem parte do sistema de adução de águas que o aqueduto do Alviela ali ainda hoje faz desembocar", incluindo o depósito de água, a estação elevatória e respectiva maquinaria e um jardim oitocentista. É nesta estação que funciona a sede do Museu da Água, que foi criado em 1987 pela Empresa Portuguesa das Águas Livres e inclui outros núcleos (todos eles classificados como monumento nacional) na Mãe-d"Água das Amoreiras, Reservatório da Patriarcal e Aqueduto das Águas Livres.

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