Com cerca de um ano de atraso, o encerramento do Pavilhão Rosa Mota, para as obras de requalificação, está previsto para o 3.º trimestre de 2011

A 4.ª edição do Circuito da Boavista vai regressar às ruas da cidade do Porto, em dois fins-de-semana de Junho, mês das festas de São João. Os instrumentos de gestão previsional do triénio 2011-2013 das várias empresas municipais da Câmara do Porto deverão ser aprovados na reunião do executivo da próxima terça-feira. A Porto Lazer (PLZ) prevê a redução do prejuízo para menos de metade.

As corridas da Boavista chegam à cidade com o Verão, repetindo as provas do WTCC e do Grande Prémio Histórico do Porto. A proximidade entre estes eventos e as celebrações do São João animam a PLZ, que defende o circuito automóvel como um "acelerador da procura do destino Porto". Os custos específicos associados ao evento não estão especificados no documento a que o PÚBLICO teve acesso, mas uma outra empresa municipal - a GOP - Gestão de Obras Públicas - celebrou já dois contratos públicos afectos ao evento. Um de quase 50 mil euros, para o fornecimento de quatro passagens superiores no trajecto do circuito, e um outro, de 42 mil euros, para a instalação do paddock no recinto do Queimódromo.

Para 2010, a PLZ prevê um prejuízo de apenas 1,7 milhões de euros, contra os mais de 3,5 milhões de 2009. Contudo, a empresa faz valer este resultado à custa do recebimento de 2,1 milhões de euros, por parte da Câmara do Porto, devidos pela transferência do complexo do Monte Aventino. Só que, para que o prejuízo fosse o estimado pela PLZ, esse valor deveria ser recebido ainda este ano, o que poderá não acontecer, já que a transferência aguarda, ainda, pelo visto do Tribunal de Contas.

O aviso é deixado no parecer do fiscal único, que aconselha também a PLZ a ser mais cautelosa nas previsões de contas, já que existem processos judiciais pendentes contra a empresa. O mais gravoso, a correr nos tribunais, foi interposto pela anterior organizadora do Circuito da Boavista, com a qual a empresa municipal rescindiu o contrato em 2009, e que pede uma indemnização superior a 1,2 milhões de euros.

Obras no Rosa Mota

Pelas novas contas da PLZ, o Pavilhão Rosa Mota deverá encerrar ao público, para a realização das obras previstas, "no terceiro trimestre" de 2011. Este encerramento chegou a ser anunciado para o último trimestre deste ano, mas o processo está atrasado e, neste momento, a PLZ só pretende investir, em 2011, 2,9 milhões de euros na requalificação do equipamento.