Rui Moreira quer concursos internacionais de arquitectura para definir urbanismo do Porto

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Uma das medalhas distribuídas por Rui Rio foi para Orlando Gaspar Adriano Miranda

Presidente da Associação Comercial do Porto diz que estes concursos devem ser pagos pelos privados, que facilmente rentabilizarão esse investimento

O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, entende que "a arquitectura é a principal "âncora" da cidade em termos do seu prestígio internacional". Nesse sentido, propôs ontem que a Câmara do Porto lance concursos internacionais de arquitectura para desenvolver futuras unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG). No seu entender, esta estratégia contribuirá para "a projecção da cidade nos circuitos internacionais, através da elaboração de concursos que chamariam à cidade o contributo e a atenção dos melhores arquitectos mundiais".

Discursando nos paços do concelho, na cerimónia de comemoração do 36.º aniversário do 25 de Abril, em que a ACP foi distinguida com a medalha de honra da autarquia (ver caixa), Rui Moreira garantiu que esses concursos de arquitectura não têm contra-indicações. "É um investimento que se paga a si próprio, que não tem custos para a edilidade, porque a fórmula a organizar deve prever que aos custos já suportados pelos proprietários inseridos nas UOPG (nomeadamente para infra-estruturas) deveria ser acrescido o custo necessário à realização destes concursos", explicou.

Por outro lado, o presidente da ACP reputa esse investimento de "altamente compensador", na medida "em que a qualidade do plano valorizará sempre o património imobiliário e constituirá o maior garante do seu investimento". Para o empresário, "esta pode ser claramente uma imagem diferenciadora, uma aposta efectiva na afirmação internacional de uma cidade que já hoje é conhecida e reconhecida pela sua extraordinária arquitectura dos últimos 400 anos".

No seu discurso, Rui Moreira voltou a criticar o centralismo lisboeta que, na sua opinião, "coloca em risco a coesão nacional". O presidente da ACP entende que o país não pode sair da actual crise sem o contributo do Porto e pediu ainda uma cidade "mais inovadora, organizada, limpa e respeitadora das regras básicas do civismo".

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