Fundação quer instalar sede em "zona nobre" da cidade

A Fundação António da Mota, ainda em fase de constituição, deverá ficar instalada numa "zona nobre" da cidade do Porto. A garantia partiu do presidente da Mota-Engil, António Mota, ainda à procura do local ideal para instalar a sede da nova valência do grupo. Enquanto não se encontra um espaço definitivo, a fundação deverá instalar-se, provisoriamente, na zona da Praça da Galiza. A expectativa é que possa estar a funcionar no Outono deste ano.

Rui Pedroto, administrador delegado da Fundação António da Mota, revela que a preferência do grupo vai para a reabilitação de um edifício, pelo que já houve mesmo contactos com a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU). "Estamos a pesquisar alternativas que nos permitam reabilitar um edifício. A única certeza que temos é a de que vamos ficar no Porto, a Baixa é uma leitura possível", diz. Com preferência pela reabilitação, o grupo está já a contar com um período "de obras que pode durar três ou quatro anos", o que o levou a encontrar uma solução provisória.

Ontem, em conversa com o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, os responsáveis da Mota-Engil transmitiram ao autarca a vontade de encontrar um espaço nobre e capaz de albergar a fundação e o respectivo Museu da Construção, incluído no projecto. Rio mostrou abertura para que a Mota-Engil se reúna com os serviços camarários, para discutir o assunto. Uma oportunidade que Rui Pedroto garante ir agarrar. "Já tínhamos falado com a SRU, mas não com a câmara directamente", disse.

A Fundação António da Mota, com uma dotação inicial de um milhão de euros, terá "uma função eminentemente social e cultural", explica Rui Pedroto. O administrador delegado promete que o âmbito de intervenção irá muito para além do apoio dentro da principal função do grupo (a construção), afirmando que cobrirá campos tão vastos como "a exclusão social ou crianças e jovens em risco".

António Mota diz que o grupo está disponível para "adquirir [um edifício] ou encontrar uma solução de parceria". O presidente da Mota-Engil explica que já existiram diversos contactos com privados, sem resultados. "Não podemos delapidar todo o património da fundação para comprar a sede", justificou. P.C.

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