Diagnóstico Social do Porto vai ser aprovado amanhã

A vereadora da Coesão Social, Guilhermina Rego, recusa-se, para já, a fazer uma avaliação do Diagnóstico Social do Porto (DSP), elaborado pela Universidade Católica e que servirá de base à implementação da Rede Social. A responsável autárquica remete qualquer decisão sobre a implementação das recomendações apontadas no DSP para o Conselho Local de Acção Social do Porto (CLASP).

À margem do lançamento do projecto Porto Amigo (ver página ao lado), Guilhermina Rego disse ao PÚBLICO que o diagnóstico "vai ser aprovado pelo CLASP amanhã" e que "a implementação das deliberações" dos técnicos da Universidade Católica dependerá do que essa entidade decidir. A vereadora não quis adiantar as conclusões que ela própria tirou do DSP, limitando-se a referir que "tem lá pontos prioritários, tem o lado bom e o lado menos bom".

Ontem, os vereadores da oposição da Câmara do Porto tinham recebido, apenas, o sumário executivo do DSP, pelo que Correia Fernandes, do PS, não se expandiu nos comentários. "Parece-me que os problemas apontados não são muito distintos daqueles que nós próprios referimos durante a campanha eleitoral", disse. Já Rui Sá, da CDU, anunciou que vai pedir, na reunião do executivo da próxima terça-feira, a distribuição do diagnóstico. "Acho que se justifica o agendamento de uma reunião extraordinária, para discutir este documento e as medidas a implementar", acrescentou.

Sá afirma que os resultados divulgados pelo PÚBLICO não o surpreendem ("confirmam, infelizmente, as nossas [da CDU] piores expectativas", diz) e critica a demora da câmara em avançar com a rede social. "Rui Rio disse, numa entrevista antes das eleições, que já tinha recebido o diagnóstico em Outubro. Decorreu quase meio ano e nós só recebemos um resumo. Preocupa-me o vagar com que este assunto é tratado, numa cidade que, face a este diagnóstico, é a mais vulnerável das mais vulneráveis a esta crise que estamos a viver", diz.

O DSP destaca, entre os principais "sinais de alerta" da cidade, a diminuição do número de residentes, o envelhecimento, a perda de população estrangeira e da função residencial da cidade, a degradação do edificado, as dificuldades na aquisição e manutenção da habitação, o aumento do desemprego e de pessoas a viver de rendimentos de teor assistencial.

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