"É claro que se ele decidir tomar outro caminho, o nosso contrato [como consultor] deixará de ser válido", afirmou Montezemolo à Reuters. Questionado sobre a hipótese de impedir a saída do alemão, Montezemolo respondeu que não o fará.

O líder da Ferrari explicou, por outro lado, que ainda não falou com Schumacher sobre o assunto. "Ele é só um querido amigo, não um membro da equipa. É consultor para os nossos carros de estrada", disse Montezemolo, desvalorizando o papel de Shumi, que marca regularmente presença nas boxes da Ferrari e esporadicamente realiza testes para a equipa.

Apesar de Michael Schumacher completar 41 anos em Janeiro, a sua contratação pela Mercedes, para fazer dupla com Nico Rosberg, é dada como certa pela imprensa alemã, esperando-se o anúncio oficial nos próximos dias.

Confirmada está já a dupla de pilotos da Lotus, que regressa à Fórmula 1 após uma pausa de 15 anos. A equipa apresentou ontem o italiano Jarno Trulli (ex-Toyota) e o finlandês Heikki Kovalainen (ex-McLaren) como pilotos para 2010, tendo o jovem malaio Fairuz Fauzi como terceiro piloto. Após cinco anos na Toyota, Trulli vai reencontrar-se com Mike Gascoyne, antigo director-técnico da Jordan, Renault e Toyota.

"Não estabelecemos grandes objectivos, mas queremos ser a melhor das novas equipas. O anúncio destes dois pilotos de classe mundial mostra a nossa seriedade", argumentou o chefe de equipa da Lotus F1, Tony Fernandes, um empresário malaio de origem portuguesa que criou a Air Asia três dias após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

A Lotus é apoiada pelo Governo da Malásia e terá um orçamento anual de 60 milhões de euros, bastante abaixo das equipas de topo, apesar da prometida redução de custos na F1.

Outra das novas equipas da F1, a Virgin, apresentará hoje em Londres os seus pilotos, que serão o alemão Timo Glock e o brasileiro Lucas di Grassi. O português Álvaro Parente será o piloto de testes, como o PÚBLICO ontem noticiou. .