Pessoas que querem adoptar crianças passam a ter formação para lidar com o processo

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Dados da segurança social indicam que, nos últimos três anos, mais de 70 crianças que foram acolhidas por uma família para adopção foram devolvidas às instituições Rui Gaudêncio

O plano de formação, delineado pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e pelo Instituto da Segurança Social (ISS), dá "cumprimento às recomendações de organizações e instrumentos internacionais" que instam os Estados a promoverem "o desenvolvimento de organismos de aconselhamento em matéria de adopção e de serviços para o acompanhamento das adopções", referiu o ISS em comunicado.

A formação compõe-se de quatro fases: a inicial, anterior à candidatura, consiste em informação sobre aspectos gerais e legislação; a segunda sobre a avaliação e a selecção; a terceira sobre o período de espera e a última respeita ao período pré-adopção.

Nem sempre a adopção resulta bem, havendo casos de fracasso, que terminaram com o regresso das crianças às instituições de acolhimento.

Dados da segurança social indicam que, nos últimos três anos, mais de 70 crianças que foram acolhidas por uma família para adopção foram devolvidas às instituições. Eram casos cuja pré-adopção, período em que é decretada a confiança judicial a um casal depois de uma selecção, não teve sucesso.