Refer inaugura hoje em Contumil o novo centro de comando operacional do Norte

Investimento de 23
milhões de euros coloca
a gestão do tráfego ferroviário ao nível do
que há de mais moderno
no mundo

a É uma das características da rede ferroviária portuguesa - a coexistência de sistemas de exploração que pouco mudaram desde o séc. XIX com modernos centros de comando operacionais que incorporam as tecnologias mais recentes. É o caso do edifício que é hoje inaugurado em Contumil e que vai ser o cérebro de toda a actividade ferroviária do Norte desde Valença até à Mealhada. O CCO (centro de comando operacional) dispõe de um painel geral de visualização que mostra de forma simplificada onde estão os comboios em cada momento nas linhas do Minho, de Braga, de Guimarães, do Douro e do Norte (entre Campanhã e Mealhada) e ramal de Leixões.
Os ferroviários terão acesso a informação em tempo real, não só sobre o andamento das composições, como também sobre os sinais, a situação da catenária e estado da infra-estrutura. Acedem ainda à videovigilância nas estações bem como à rede de informação ao público. Tudo isto permite uma exploração ferroviária abrangente e integrada que passa despercebida ao passageiro do comboio, mas que é decisiva para evitar incidentes e aumentar a fiabilidade e a segurança do tráfego.
Até agora estas funções eram desempenhadas em Campanhã e em Pampilhosa (que controlava a linha do Norte entre Coimbra e Porto), em condições tecnológicas bastante aceitáveis, mas a Refer quis centralizar tudo em Contumil, operando uma melhoria tecnológica que coloca o CCO que é hoje inaugurado ao nivel do que há de melhor nos países com caminhos-de-ferro mais avançados.
Estes investimentos em tecnologia, que já foram decididos pela anterior administração da Refer, não são pacíficos pois há quem entenda que os actuais sistemas respondem bem às necessidades, devendo a empresa de infra-estruturas dar prioridade à modernização das vias férreas. É que, a par destas tecnologias de ponta, Portugal mantém comboios a circular em via única com sistemas de exploração dependentes unicamente do factor humano, em que é o chefe da estação que telefona para a secção seguinte a pedir o avanço da circulação. São os casos de grande parte das linhas do Minho e do Douro.
A nível nacional, a empresa vai resumir a gestão de todo tráfego ferroviário em três únicos CCO, instalados no Porto (foto), Lisboa e Setúbal. Será possível monitorizar todas as circulações, desde o Alfa Pendular ao mais remoto comboio que circule numa linha secundária.

Pequeno destaque em caixa com fundo que tambem pode servir de legenda para a fotografia do lado esquerdo

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