Liga Árabe dá oportunidade às negociações de paz israelo-palestinianas

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Israel e Palestina chegaram a um consenso para iniciar negociações imediatas para a paz Larry Downing/Reuters

“Estamos apreensivos mas esperamos para ver o que se vai passar durante os dois próximos meses”, disse aos jornalistas, em Washington, no âmbito da conferência internacional de Annapolis destinada a relançar o processo de paz no Médio Oriente.

Amr Moussa, que afirma que as intenções de paz israelitas “serão testadas”, sublinhou que todos os representantes dos países árabes presentes na reunião “insistiram no facto que não haverá uma normalização [das relações diplomáticas] gratuita com Israel”. “Não vamos dar o benefício a Israel e não estamos dispostos a recompensá-lo pela sua política”, reforçou o responsável.

O secretário-geral da Liga Árabe indicou que durante a conferência, “todas as intervenções dos países árabes, asiáticos e europeus insistiram na necessidade de terminar com a colonização e a mensagem deixada aos norte-americanos e israelitas foi forte e clara”.

A conferência, que contou com a presença do Presidente norte-americano, George W. Bush, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, representantes de países árabes e um total de 50 países e organizações. O objectivo do encontro de Annapolis foi lançar as primeiras discussões formais entre israelitas e palestinianos em sete anos, no sentido de resolver o conflito que opõe as duas partes há 60 anos e criar condições para a criação de um Estado palestiniano, que coexista pacificamente com Israel.

Ontem, na abertura da conferência, Bush anunciou que Israel e Palestina chegaram a um consenso para iniciar negociações imediatas para resolver o conflito que opõe as duas partes.

O secretário-geral da Liga Árabe realçou que as negociações “não incluem todas as reivindicações” do organismo “mas contêm dois elementos positivos: uma agenda, a data limite para as conversações deverá ser Novembro de 2008, e o mecanismo de acompanhamento [das negociações] pelos Estados Unidos”.

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