Almeida Santos invoca possível atentado terrorista para justificar aeroporto na margem norte

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Almeida Santos Daniel Rocha/PÚBLICO (arquivo)

O presidente do PS, Almeida Santos, invocou esta noite os riscos de segurança para rejeitar a construção de um aeroporto a sul do Tejo, advertindo que a destruição de uma ponte num atentado terrorista poderia cortar a ligação entre as duas margens do rio.

"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

Em declarações aos jornalistas, Almeida Santos disse desconhecer as afirmações proferidas pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino — que afastou a hipótese de o aeroporto se localizar na margem sul do Tejo pelo facto de as zonas de Poceirão, Faiais e Rio Frio [as alternativas à Ota] serem "um deserto". "Não é num deserto que se faz um aeroporto", afirmou Mário Lino.

O presidente do PS admitiu que essa declaração de Mário Lino será "um exagero, natural em política", como o próprio Almeida Santos disse ter cometido na sua vida política.
Em relação à localização do novo aeroporto, Almeida Santos afirmou que as hipóteses foram discutidas "durante muitos anos", que "todas as soluções têm vantagens e defeitos" e que "a tese que prevaleceu, mesmo nos anteriores governos [PSD/CDS-PP] foi que seria na margem norte", como é o caso da Ota.

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