Torne-se perito

Maçonaria encontra-se em Lisboa com fundamentalismos na agenda

a A actual escalada de violência associada a fundamentalismos religiosos levou a organização maçónica Grande Oriente Lusitano (GOL) a organizar o 1.º Encontro Internacional de Lisboa-Religiões, Violência e Razão, que ontem se iniciou em Lisboa com a presença de delegados de vários países.O grão-mestre do GOL, António Reis, abriu o evento com uma dissertação explicativa do encontro, afirmando que "num mundo dramaticamente marcado por práticas
de violência guerreira e mesmo terrorista", exercidas "em nome de crenças de natureza religiosa entrecruzadas com objectivos de natureza política, impõe-se uma reflexão aprofundada sobre um conjunto de questões que preocupam sobremaneira crentes e não crentes, profanos e maçons.
António Reis indicou três razões recentes e ainda actuais para este diálogo durante o 1.º internacional de Lisboa: as ondas de choque provocadas pelas caricaturas de Maomé, o discurso do Papa Bento XVI na Alemanha sobre o Islão e a suspensão da ópera de Mozart em Berlim.
"Por receio de reacções terroristas islâmicas, foram estes episódios recentes que vieram chamar a atenção da opinião pública para a delicadeza e gravidade da problemática das relações entre as diversas religiões e com o recurso a práticas violentas em prejuízo dos valores da modernidade humanista e racionalista", afirmou.
Neste fórum internacional de Lisboa, em que estão representadas organizações de diferentes obediências maçónicas de vários países, como França, Itália, Grécia, Estados Unidos, Espanha, Turquia e Brasil, participam delegados de religiões como a católica, a protestante, a budista e a muçulmana.
Os ex-presidentes da República Mário Soares, Ramalho Eanes e Jorge Sampaio foram convidados para participar neste encontro, mas informaram que não podiam estar presentes devido a questões de agenda pessoal e a compromissos já assumidos.

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