Maria João George vai hoje a sepultar

Vai hoje a sepultar no Cemitério dos Inglesinhos, em Lisboa, a arquitecta Maria João Gaudêncio Simões George, falecida terça-feira, juntamente com a filha, num acidente de viação. Casada com Francisco George, director-geral de Saúde, Maria João George dedicou-se especialmente a questões da gestão urbana municipal e, de 1994 a 2003, concebeu e coordenou a intervenção da EDIA na nova Aldeia da Luz.
Nascida em 1948 em Lisboa, trabalhou para várias câmaras do Alentejo e foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local. Durante dez anos foi cooperante para a área da habitação na Guiné-Bissau e no Zimbabwe. A sua actividade privada valeu-lhe um Prémio Municipal de Arquitectura em Beja, em 1993, pela autoria do projecto de intervenção num edifício em ruína no centro histórico da cidade. "Tinha uma grande compreensão das questões do habitat como parte integrante da qualidade de vida das populações e como factor decisivo do desenvolvimento local e essa foi uma das grandes causas da sua vida", refere um nota biográfica emitida pela Ordem dos Arquitectos.
Antiga militante comunista, aderiu ao PS em 1994 e foi coordenadora em Beja da candidatura de Manuel Alegre à Presidência. Maria João George e a filha Catarina George, de 35 anos, foram vítimas de um choque frontal com um autocarro quando seguiam, ao princípio da noite de anteontem, no IP 8, junto a Sta. Margarida do Sado.

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