Bagageiro detido no aeroporto de Roissy foi vítima de "complot"

O homem que há duas semanas alertou as autoridades francesas para a possibilidade de um empregado do aeroporto parisiense de Roissy estar a preparar um atentado, reconheceu que tudo não passou de um esquema para o incriminar. O empregado foi já libertado.

Abderazak Besseghir, um bagageiro de 27 anos, natural da Argélia, foi detido no dia 28 de Dezembro depois de a polícia ter descoberto no seu carro várias armas e um engenho explosivo. A nacionalidade do empregado e o elevado estado de alerta em que os aeroportos se encontravam em vésperas da passagem de ano levou as autoridades a dar enorme atenção ao caso, suspeitando que se poderia tratar de um plano da Al-Qaeda.

O empregado foi denunciado por um antigo militar, e ex-segurança privado, que disse à polícia que, ao passar pelo automóvel, viu Besseghir a manipular a culatra de uma arma.

Segundo uma fonte ligada à investigação, Besseghir afirmou sempre que desconhecia que na bagageira do seu automóvel estavam escondidas armas e explosivos.

Quando soube quem o denunciara, Besseghir explicou às autoridades que estava a ser vítima de uma vingança no âmbito de uma querela familiar que o opunha à família da sua ex-mulher, que morreu durante um incêndio, ocorrido nas imediações de Paris, em Julho do ano passado. A polícia concluiu que se tratou de um acidente, mas a família da vítima nunca acreditou que Besseghir estivesse inocente.

Segundo a família de Besseghir, o homem que o incriminou será um antigo militar francês, amigo da família da mulher.

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