O Lumia 535, apresentado nesta terça-feira, é o primeiro smartphone da Microsoft sem a marca Nokia. Mas, com a estrutura de plástico colorido que se tornou imagem de marca e e especificações técnicas em linha com os antecessores, junta-se sem destoar ao resto da família Lumia.

O aparelho, com um preço de 110 euros, vai estrear-se na China, Indonésia e Filipinas, bem como na Ucrânia e Rússia. Em Dezembro será posto à venda na Austrália, Vietname e Tailândia, com a Microsoft a ter ainda planos para levar o modelo a alguns países africanos. São sobretudo mercados pouco maduros, com um uso de smartphones inferior ao registado na Europa e EUA e onde um modelo de preço baixo pode apelar aos consumidores que estão a comprar este tipo de telemóvel pela primeira vez.

A entrada da Microsoft neste negócio tem-se revelado difícil. Dados da IDC relativos ao segundo semestre do ano mostram que o sistema operativo Windows Phone tem uma quota de apenas 2,5%, abaixo dos 3,4% registados um ano antes, num mercado que é dominado pelos Android. O Windows Phone é usado em aparelhos de vários marcas, mas as vendas desses modelos são residuais e a comercialização é feita sobretudo em equipamentos Lumia.

Se não fosse a mudança de marca, o Lumia 535 passaria despercebido e seria apenas mais um telemóvel de baixa gama, com um processador de 1.2Ghz, 8GB de armazenamento interno e um ecrã de cinco polegadas com uma resolução de 960px por 540px. Traz, porém, algumas melhorias face aos outros Lumia neste patamar de preço, como é o caso de uma câmara frontal e de uma memória RAM de 1GB. Está equipado com a versão mais recente do Windows Phone.

Quando comprou o negócio de telemóveis da Nokia, que nunca conseguiu fincar o pé no mercado dos smartphones, a Microsoft comprou também o direito de explorar a marca (que é igualmente o nome da empresa finlandesa), mas já tinha anunciado que só a iria usar nos telemóveis convencionais.