Jovens preferem pagar por música em streaming quando a ouvem no telemóvel

Um estudo da Federação Internacional da Indústria Fonográfica mostra que a música online é cada vez mais ouvida nos smartphones.

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O smartphone é cada vez mais usado para ouvir música online. Jonathan Nackstrand

Segundo um estudo da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), publicado nesta terça-feira, o crescimento dos serviços de streaming está a levar a que cada vez mais se oiça música online através de smartphones, sobretudo em versões pagas. Um terço dos internautas entre os 16 e os 24 anos pagam por estes serviços de música.

O estudo, que envolveu internautas de 13 países com idades compreendidas entre os 13 e os 64 anos, constata que 55% dos inquiridos ouviram pelo menos uma vez música online no smartphone nos últimos seis meses. No ano passado, apenas 50% o fazia. Além disso, dois terços dos ouvintes de música online utilizam o computador, mas este número está em declínio.

Há uma estreita ligação entre ouvir música no smartphone e possuir uma versão paga de um serviço de streaming. A maior parte dos utilizadores das versões premium (em que é possível ouvir música sem publicidade e também offline, por exemplo) de serviços como o Spotify ouve música no telemóvel. Quem prefere as versões gratuitas destes sites usa sobretudo o computador.

No entanto, apesar de muitos utilizarem versões licenciadas (71%), o número de downloads ilegais e de violações de copyright também aumentou, sobretudo na faixa etária compreendida entre os 16 e os 24 anos. Os serviços ilegais são usados por 35% dos inquiridos; 30% recorre ao stream ripping, uma forma de pirataria que transforma conteúdos de streaming num download permanente (na faixa etária entre os 16 e os 24 anos, o stream ripping pode chegar aos 49%).

Além do crescimento das plataformas de música em streaming, como o Spotify e o Deezer, a Federação salienta a importância do YouTube como serviço de música digital. 82% dos utilizadores do YouTube usam-no para ouvir música. 

Texto editado por Hugo Torres

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